IBGE divulga dados do mercado de trabalho no Piauí e no Brasil

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Dados de trabalho do IBGE

O IBGE divulgou nesta quinta-feira (18/05), informações relativas ao mercado de trabalho no país, referentes ao 1º trimestre de 2023. No Piauí a taxa de desocupação atingiu 11,1%, um crescimento de 1,6 ponto percentual se comparado com o 4º trimestre de 2022, quando a taxa de desocupação  havia atingido 9,5%. Em termos de quantitativo de pessoas desocupadas no estado, houve uma elevação de 136 mil para 156 mil pessoas, um incremento de cerca de 20 mil pessoas desocupadas a mais no período. No entanto, quando comparado ao 1º. trimestre de 2022, quando a taxa de desocupação havia sido de 12,3%, percebemos que a taxa de desocupação do 1º. trimestre de 2023 apresentou uma redução de 1,1 ponto percentual. 

A  taxa de desocupação observada no Piauí ficou abaixo da média registrada para a região Nordeste, que foi de 12,2% no 1º trimestre de 2023. Essas informações constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE. 

No 1º trimestre de 2023, o Brasil apresentou uma taxa de desocupação da ordem de 8,8%, um crescimento de 0,9 ponto percentual em relação ao que foi registrado no 4º. trimestre de 2022. Em termos de quantidade de pessoas desocupadas, no 1º. trimestre de 2023 havia no país cerca de 9,4 milhões de pessoas sem ocupação, o que representou um incremento de 860 mil pessoas em relação ao 4º. trimestre de 2022. Contudo, ao compararmos a taxa de desocupação do 1º. Trimestre de 2023 com a do mesmo trimestre do ano passado,  quando havia chegado a 11,1%, percebemos uma redução da ordem de 2,3 pontos percentuais. No país, no 1º. trimestre de 2023, a maior taxa de desocupação foi a registrada na Bahia, com 14,4%, e a menor foi a de Rondônia, com 3,2%. 

No Piauí, ao compararmos os resultados obtidos no 1º trimestre de 2023 com os do mesmo período de 2022, temos como destaque o aumento de 5,2% no número de pessoas fora da força de trabalho, passando de aproximadamente 1,16 milhões de pessoas para 1,22 milhões. 

Destaca-se também, quando comparado o 1º. trimestre de 2023 com o mesmo trimestre do ano passado, a redução no quantitativo total de pessoas trabalhando por conta própria, principalmente daqueles que não tinham formalização no CNPJ, caindo de 355 mil pessoas para 295 mil, uma redução de cerca de 60 mil pessoas (16,9%). Outro ponto de destaque naquele mesmo período foi o aumento de pessoas empregadas, passando de 753 mil, no 1º trimestre de 2022, para cerca de 805 mil, no 1º trimestre de 2023, um crescimento de aproximadamente 52 mil pessoas (6,9%). 

Em termos de atividade econômica, comparando-se o 1º. trimestre de 2023 com o mesmo período do ano passado, o setor da agropecuária, produção florestal, pesca e aquicultura foi o que apresentou maior diminuição no quantitativo de pessoas ocupadas, passando de 203 mil pessoas, no 1º trimestre de 2022, para cerca de 146 mil, no 1º trimestre de 2023, uma redução de 57 mil pessoas no setor, o que representa queda de 28,2% no período de um ano. Por sua vez, a atividade econômica de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas foi o que apresentou maior crescimento, tendo passado de 92 mil pessoas, no 1º trimestre de 2022, para 120 mil, no 1º trimestre de 2023, um aumento de cerca de 28 mil pessoas naquelas atividades, o que representou um incremento de 30,8%. 

Reduz número de pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas

Uma das mensurações do mercado de trabalho realizadas pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE é a que estima a subocupação por insuficiência de horas trabalhadas. Nessa mensuração avalia-se o quantitativo de pessoas que possuem uma ocupação parcial, com menos de 40 horas trabalhadas semanalmente, mas que gostariam de complementar aquela carga horária, contudo não encontram no mercado de trabalho a devida oportunidade.

Nessa mensuração, o Piauí possuía, no 1º. trimestre de 2022, cerca de 262 mil pessoas subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas. Contudo, no 1º. Trimestre de 2023 esse quantitativo reduziu para cerca de 219 mil pessoas, queda de 16,5%, o que representa que aproximadamente 43 mil pessoas passaram a ter uma ocupação de 40 horas semanais. É interessante observar que, apesar dessa redução, cerca de 17,5% do total das pessoas ocupadas no mercado de trabalho no Piauí encontram-se ainda nessa situação de subocupação, desejando complementar sua carga horária semanal.

Cai a taxa de informalidade no mercado de trabalho do Piauí em 2023

No primeiro trimestre de 2023, a taxa de informalidade no mercado de trabalho do Piauí caiu para 52,5%, uma queda de 1,47 ponto percentual, haja vista no quarto trimestre de 2022 a taxa ter atingido 53,97%. O indicador do primeiro trimestre de 2023 é também inferior ao registrado para a média do ano de 2019, pré-pandemia da Covid 19, quando havia atingido seu nível máximo da série histórica, com 59,2%. Esses são indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE.

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Dados do IBGE

A taxa de informalidade registrada no Piauí foi a sexta maior do país no primeiro trimestre de 2023, ficando atrás da observada para o Pará (59,6%), Amazonas (57,2%), Maranhão (56,5%), Bahia (53,7%) e Ceará (52,7%). A menor taxa de informalidade do país foi a de Santa Catarina, com 26,1%. A taxa de informalidade registrada para o Brasil ficou em 39%, cerca de 13,5 pontos percentuais abaixo da taxa observada para o Piauí.

Em termos de quantitativo de pessoas com ocupação na informalidade, no primeiro trimestre de 2023 havia no Piauí cerca de 654 mil pessoas, quantitativo menor que o observado no quarto trimestre de 2022, quando havia chegado a 693 mil pessoas. Observando a série histórica, o maior quantitativo médio anual foi o registrado em 2016 (início da série), quando chegou a 772 mil pessoas, aproximadamente 118 mil a mais que no primeiro trimestre de 2023, o que representa uma queda da ordem de 15,28%.

O maior contingente de pessoas ocupadas na informalidade no estado é constituído por trabalhadores por conta própria sem registro no CNPJ, com 295 mil pessoas (45,10%). Na sequência vem as pessoas ocupadas no setor privado sem carteira assinada, com um contingente de 239 mil pessoas (36,54%); trabalhadores domésticos sem carteira assinada, com 67 mil pessoas ocupadas (10,24%); trabalhador familiar auxiliar, com 37 mil pessoas (5,65%); e empregadores sem CNPJ, com 16 mil pessoas (2,47%).

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Dados do IBGE

Foto: Reprodução/ibge pi
Dados do Piauí


 

Com informações do IBGE PIAUÍ 

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