Pensar Piauí

Advogado que causou grave acidente é solto após pagar fiança de R$ 15 mil

Marcus Nogueira foi solto com tornozeleira eletrônica

Foto: ReproduçãoMarcus Nogueira
Marcus Nogueira

 

A Justiça do Piauí liberou o advogado Marcus Vinicius de Queiroz Nogueira preso por homicídio após uma colisão que resultou em morte e deixou um bebê gravemente ferido, na madrugada desta sexta-feira (03), em Teresina. A juíza Patrícia Luz, do Tribunal de Justiça do Piauí, arbitrou fiança de R$ 15 mil.

A magistrada concedeu liberdade ao advogado por ele ser réu tecnicamente primário e por não representar “situação de gravidade com perigo de liberdade ao flagranteado”.

Além da fiança, a juíza impôs o uso de tornozeleira eletrônica, além de medidas cautelares, como: manter contatos e dados atualizados para intimações; permanecer longe das vítimas; permanecer em Teresina e no caso de viagem que ultrapasse de 15 dias, pedir autorização judicial; e proibição de acesso a bares e restaurantes ou locais de consumo de bebidas alcoólicas. As medidas cautelares valem por um período de seis meses.

Se o advogado Marcus Nogueira descumprir as medidas impostas pela Justiça, ele poderá ter prisão preventiva decretada e responder em regime prisional fechado.

Até às 16h, o advogado ainda estava no Fórum Cível e Criminal onde ocorreu audiência de custódia. Questionado sobre a liberação, a defesa de Marcus Vinicius preferiu não se manifestar e fez referência apenas a uma nota enviada à imprensa durante a manhã. 

VEJA A NOTA NA ÍNTEGRA:

A defesa do advogado Marcus Nogueira informa que o advogado encontra-se profundamente abalado e lamenta o acidente que vitimou uma pessoa e deixou outras duas feridas na noite de quinta-feira, 02. Marcus Nogueira ficou no local após o acidente e aguardou o socorro às vítimas.

Exame toxicológico prévio mostra que o advogado não apresentava sinais de embriaguez e estava consciente. Sabe-se que o impacto do acidente e a abertura dos airbags em colisões também causam consequências como desorientação nas vítimas.

Marcus reforça ainda suas orações para as vítimas e apoiará a família no que for necessário.

Pedido de prisão

A delegada Camilla Rodrigues, da Central de Flagrantes de Teresina, formulou representação pela prisão preventiva do acusado, alegando, entre outras coisas, que o advogado estava embriagado e invadiu o sinal vermelho no cruzamento das avenidas Higino Cunha e Odilon Araújo, no bairro Piçarra.

“O autuado estava embriagado, em alta velocidade, além de ter desobedecido sinalização semafórica (sinal vermelho) conforme Termo de Declarações de testemunha ocular do fato ouvida no bojo do APF”, consta na representação.

No entanto, a juíza da Central e Inquéritos de Teresina, Patrícia Cavalcante, não acatou o pedido da Polícia Civil e seguiu o parecer do Ministério Público.

Com informações do Cidade Verde e GP1

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