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Advogado é preso em Teresina acusado de estuprar diarista

A delegada Vilma Alves, titular da Delegacia da Mulher Centro, irá presidir o caso

Foto: FacebookJefferson Moura Costa
Jefferson Moura Costa

O advogado Jefferson Moura Costa foi preso em flagrante na madrugada desta quinta-feira (15), acusado de estuprar uma mulher que prestava serviços de faxineira em seu condomínio localizado no bairro Fátima, zona leste de Teresina.

O advogado foi conduzido por uma equipe do 5º Batalhão da Polícia Militar do Piauí no final da tarde de ontem à Central de Flagrantes de Teresina, após a mulher denunciar que ele a havia estuprado dentro do apartamento dele. A vítima fez o exame de corpo de delito que constatou a conjunção carnal. Logo após a constatação, o advogado, que aguardava o resultado do laudo na Central de Flagrantes, foi preso por volta de 1h da madrugada.

O crime

A mulher relatou à polícia que ao chegar no apartamento do advogado, ele trancou a porta e depois de fazer a faxina na casa encontrou o homem deitado no sofá com o órgão genital exposto. Ela disse que logo depois ele a agarrou pelo pescoço, passou a mão em seus seios e praticou o ato sexual.

Depois do crime, a mulher pulou do apartamento, que ficava no segundo andar do prédio e conseguiu fugir. Um vizinho viu o desespero da vítima e acionou a polícia. Quando a Polícia Militar chegou o advogado estava no condomínio, momento em que a diarista apontou ele como sendo a pessoa que a estuprou.

Ela foi então levada para o Serviço de Atendimento às Mulheres Vítimas de Violência Sexual (SAMVVIS) na Maternidade Dona Evangelina Rosa, para a realização do exame que comprovou a conjunção carnal.

Depoimento

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.comVítima de estupro
Vítima de estupro

A diarista de 29 anos, vítima de estupro, prestou depoimento no final da manhã de hoje na Delegacia da Mulher, no centro de Teresina, e informou que o advogado Jefferson Moura da Costa usou uma faca para lhe ameaçar e durante o ato de violência afirmava que "iria tirar o espírito dela". Bastante abalada, a vítima revelou para a delegada Vilma Alves que chegou a pensar em pular da janela durante seu desespero. 

Ela conta que o advogado foi na casa da sogra, buscar uma diarista. Como estava precisando de dinheiro, ela aceitou fazer a faxina no apartamento por R$ 70,00. Ela disse ainda que não conhecia o advogado e que era a primeira vez que prestava serviço para ele. 

Ao chegar no apartamento, o advogado teria trancado a porta e iniciado a abordagem. Segundo a vítima, ele falava alto frases como: "Vocês não prestam, vocês são todas vagabundas".

A mulher conta ainda que foi para um dos quartos e lá encontrou várias camisinhas usadas pelo chão. Em determinado momento, segundo a vítima, ele começou as investidas, a agarrou e iniciou o estupro.

"Ele dizia 'faz tudo, senão você vai morrer', enquanto eu pedia socorro e ninguém ajudava", disse a vítima durante o depoimento. 

Durante o depoimento, a mulher chorava bastante. "Na hora, eu pensava 'Meu Deus, me dá uma ideia, preciso ver meus filhos'. Só pensava em sair dali", disse. 

Após o ato violento terminar, ela pegou uma mesa, escalou a janela, foi para a janela da vizinha, até pular e ser socorrida pelo porteiro de um prédio vizinho. 

Um morador que viu o desespero dela também prestou socorro e chamou a polícia. 

Após conseguir abrigo, a vítima relatou ainda que viu o advogado em um carro nas proximidades, supostamente procurando por ela. Ainda de acordo com ela, no momento da prisão, o suspeito estava dentro do carro com outra moça, supostamente também contratada para realizar uma faxina no apartamento.

Com informações do Cidade Verde e GP1

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