A quinta sem lei de Heráclito começou na segunda

Não será surpresa ver a Câmara concluir a votação desta noite dando a Temer - "de presente" - o arquivamento da segunda denúncia. Presente caro esse. A custo de muitos bilhões em corrupção como definiu o portal Brasil 247. Algo em torno de R$ 32,1 bilhões.

"A compra de votos de Temer, entre junho e outubro deste ano, para barrar as duas denúncias criminais contra ele já alcançou a estratosférica soma de R$ 32,1 bilhões.Outros R$ 4,2 bilhões de emendas parlamentares individuais de deputados, com execução obrigatória desde 2015, também já foram empenhados pelo governo.O ritmo de liberações é definido pelo governo e esta manivela foi usada por Temer como máquina de corrupção para barrar a primeira denúncia e certamente está sendo usada para a votação da segunda, nesta quarta, 25/11.Segundo o Núcleo de Transparência e Orçamento de meu gabinete que vem acompanhando a liberação de emendas, houve um aumento de 495% no montante do dinheiro liberado se compararmos apenas o período de setembro a outubro de 2016 com o mesmo período de 2017.Para a compra de votos pelo golpista o congelamento de 20 anos nos gastos não funciona".

Se era nas quintas sem lei privadas de Heráclito que tudo era tramado, nesta semana a festança começou no Palácio de Alvorada para 13 deputados e três ministros e nenhum movimento teve a ousadia de ir lá protestar. Michel Temer reuniu "aliados para acertar os últimos detalhes da votação desta quarta. Na terça, mais um jantar com cerca de 100 deputados, a imprensa noticiou, na casa do vice-presidente da Câmara, Fábio Ramalho (PMDB-MG).

Eles esperam receber de 260 a 270 votos favoráveis a ele. Na primeira denúncia, foram 263 votos favoráveis ao presidente, 227 contrários, 2 abstenções e 18 ausências.