Pensar Piauí
Piauiense

Oscar de Barros

Piauiense

Deu marcha a Ré...gina, Porcina quem sois vós, viúvos estamos nós

Foto: Internetze

Tortura sempre houve

Eu te amo me Brasil, eu te amo meu brasil

Porque tantos “ais” por Aldir por Morais

Porque olhar para traz?

Você é Regina

Deu marcha a Ré...gina

Porcina, quem sois vós

Viúvos estamos nós

Corria os anos 80.

Eu tinha vinte e poucos.

Ele estava entrando nos 40.

Hoje nossos cabelos estão brancos, as rugas aparente, mas a impetuosidade é a mesma.

Naquele tempo, e ainda hoje, dentro de mim, muita indignação por situações injustas.

De dentro dele saiam e saem protestos veementes (mas me chega um cidadão... criança de pé no chão aqui não pode estudar) que potencializam a rebeldia que pulsa dentro de mim.

Ele estava lá dando milho aos pombos e me encantando com sua meiguice (Uma palhoça num canto da serra será nosso abrigo / Traz o que é seu e vem correndo vem morar comigo )

Foi paixão a primeira vista. Embora ele nunca tenha me visto.

No anfiteatro Cacilda Becker, em São Bernardo do Campo, o vi em algumas oportunidades. Aqui no Piauí, no Teatro 4 de setembro, apenas numa única.

Na minha estante não faltam discos deste mineiro que soube cantar a cidade e a roça.

E no som do carro não faltam seus rocks e seus baiões.

Nesta quarentena já curti uma live sua. Seu público não é assim Marilianamente grandioso, mas não temos dor de cotovelo. Sabemos o que é bom.

Por hoje, já tinha dado por encerrado os trabalhos aqui do pensarpiaui mas eis que vejo no youtube, Cordéis de Caixões.

Impossível não voltar aos teclados, revelar (mais uma vez) minha admiração e compartilhar esta obra prima deste que não se esconde e mostra a cara.

Afinal, ele é o Zé

Zé não se deu bem no comércio
Se apaixonou por uma viola
que ganhou de um velho bêbado
que lhe contou uma história
sobre a cor dos sete mares
e de tesouros escondidos
no peito do próprio homem
Lhe disse também
Cante ao mundo
o que vier do fundo do seu coração
E a luz se fez

Zé cantou histórias das estradas
Reencontrou o sentimento perdido
Emocionou multidões
Aplaudiu
Foi aplaudido
Zé nunca mais sentiu culpa em ser vagabundo
Voltou a ser feliz

O mundo é dos dignos!

Salve Zé Geraldo

ÚLTIMAS NOTÍCIAS