Bruno: do Natal "da 24" para o Hospital Geral do Grajaú

Sempre passamos o Natal em família, reunidos com muita comida, orações e alegria (qual brasileiro, não?). 

Penso que essa tradição, a (minha) família aprendeu quando boa parte de seus membros viveu uma temporada de sua vida em São Paulo. Nos primórdios da família, lá na comunidade rural Malhada - interior da Bocaina - só se vivia o respeito ao Dia Santo. 

Reunida em sua grande maioria em Teresina, no bairro Vermelha, dos anos 80 para cá, Natais incríveis foram vividos pela família, ano após ano. E da década de 90 para cá, muito dessa alegria e irmandade deveu-se ao Bruno Barros, meu sobrinho. 

Primeiro com as estrepulias própria de um menino e, depois, com a organização e, principalmente, com sua veia brincalhona (além de Barros, ele é Leal). Bruno sempre foi um dos mais animados do forró da 24 - como a residência é conhecida.

Neste ano de 2020 tudo é diferente.

De março para cá vivemos o isolamento pandemico e os hábitos mudaram, o Natal da 24 aconteceu, mas com um número mais reduzido de participantes em sem o glamour de todos os anos. E o Bruno não participou. Por que? 

Porque agora ele é médico e a noite de 24 de dezembro mais o dia 25 ele passou trabalhando num centro cirurgico. Bruno não atende casos de covid-19. Ele faz sua residencia em ortopedia. Mas não só de covid se adoece neste imenso Brasil. E todos os cidadãos brasileiros carecem do atendimento médico. E foi isso que Bruno muito fez neste Natal.

Ele mandou seu depoimento pessoal para o pensarpiauí. Ouça: