Pensar Piauí
Doutor em Antropologia

Arnaldo Eugênio

Doutor em Antropologia

Arruinador de Instituições

Foto: O Estado de MinasBolsonaro
Bolsonaro

 


Neste breve texto opinativo, longe de qualquer tipo de ofensa aos eleitores bolsonaristas e/ou aqueles que insistem em ignorar a violação dos princípios da legalidade e da moralidade do atual governo brasileiro, entende-se, aqui, que é inaceitável abdicar da gestão racional dos problemas urgentes do país, para insistir em insultos às autoridades, o desprezo às instituições, o personalismo, a tirania, o culto ao ódio, o autoritarismo e o financiamento clandestino de grupos paramilitares contra democracia.

Reconhece-se, para além das circunstâncias golpistas e lavajatistas da “República de Curitiba” que assaltou o poder, a legitimidade do presidente do Brasil, democraticamente, eleito em 2018. Todavia, àquele (tanto aos seus familiares e asseclas) não lhe foi dado o direito de exercer o poder de forma insensata e desprovido de decoro, para sabotar os alicerces do sistema democrático brasileiro, indiferente às milhares de mortes de compatriotas pela pandemia de coronavírus: um insensível.

Temos um governo autoritário, desconectado da realidade do país e sem plano administrativo – p.ex., para enfrentar a crise sanitária, política e econômica. Os seus atos perversos têm como único objetivo de gestão dividir a sociedade civil e arruinar as instituições, cujo modus operandi é, por um lado, destratar parte da imprensa e, por outro lado, atentar, acintosamente, contra os Poderes Legislativo e Judiciário.

Hoje, a maioria das nações mundiais reconhece que o Brasil tem um governo inconsequente, que age de forma metódica e, premeditadamente, contra os princípios do Estado de Direito – crimes de responsabilidade (CF/88), propagando ideias de desobediência legal, estimulando a intolerância, o descaso com a saúde pública, o gabinete do ódio, o negacionismo pandêmico, os fake news e a cisão da sociedade. 

É fato que, o presidente do Brasil tem atentado contra o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes constitucionais das unidades federativas, bem como contra o cumprimento das leis e das decisões judiciais (CF/88, art. 85, incisos II e VII). De forma imponderada, o presidente da República definiu como prioridade, no meio de uma pandemia de COVID-19, uma rotina recorrente de ataques sistemáticos aos Poderes da República e a tentativa de usurpação da autonomia da Polícia Federal.

O assanhamento autoritário desse desgoverno se exemplifica através de um serviço paramilitar de informação, do aparelhamento militarista de órgãos públicos, dos xingamentos e formas de agressões aos Poderes constitucionais das unidades federativas. Tem-se, no Palácio de Planalto, um arruinador de instituições, que ignora as leis e decisões judiciais.

Como um tirano, se intitula a própria Constituição – ou mesmo acima de tudo e de todos –, trai os seus eleitores se blindando com aliados políticos do incorrigível “Centrão” – ou seja, mais corrupção ou corrupção nunca é demais?

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Enquanto o país experimenta uma profunda crise política, sanitária e econômica, a demagogia e o sadismo do presidente da República e as suas ações genocidas arrastam a nação para o obscurecimento e  perecimento social, destruindo conquistas civilizatórias do povo brasileiro, se servindo de militares da reserva das Forças Armadas e corroborando intimidações e agressões públicas com símbolo do Nazismo e do Ku Kux Klan (movimento racista).

Portanto, as ações do presidente provoca uma resistência democrática e a construção de movimentos sociais de luta contra o ódio e a multiplicação de bolhas ideológicas, que respaldam o autoritarismo de um atroz, com caráter antipopular, leviano e antipobre.

OBS: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do pensarpiaui.

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