Os ministros do Desenvolvimento Social, Fámilia e Combate a Fome (MDS), Wellington Dias, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Damiliar, Paulo Teixeira, admitiram ontem a possibilidade de deixarem os cargos de primeiro escalão no Executivo em nome da "sustentabilidade política" do governo. A saída do dois ministros, ambos do PT, é tida como uma opção para acomodar parlamentares que integram o grupo político do "Centrão". Com informaçõe do Valor.
"Todo apoio a ele (o presidente Luiz Inácio Lula da Silva) para que a gente tenha sim uma base que garanta estabilidade política. Isso aqui é bom, não é para o governo, é bom para o país: estabilidade política, estabilidade econômica, estabilidade social", disse Dias a jornalistas no eventos "Diálogos Amazônicos", realizado em Belém (PA).
A entrevista foi dada ao ladfo do ministro Paulo Teixeira. O dois ocupam pastas cobiçadas pelo Centrão.
Ontem, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, confirmou a entrada dos deputados federais Silvio Costa Filho (Republicanos-PE) e André Fufuca (PP-MA) como titulares de pastas do governo a partir da reacomodação de cargos na Esplanada dos Ministérios preparada por Lula.
Dias frisou que embora haja fortes movimentações nos bastidores, "quem decide é o presidente Lula. Na hora certa ele vai bater o martelo, vai anunciar e terá o nosso apoio", afirmou ele.
Já Teixeira ressaltou que não há qualquer preocupação diante das mudanças que estão sendo preparadas. "A cada dia, sua agonia", comentou o ministro, quando questionado sobre a perda de espaço do PT na Esplanada.
"Recentemente, foi dito que a área social é o coração do presidente Lula. E certamente ele trata com muito carinho. É por esta razão qque não estamos perdendo nenhuma noite de sono porque temos que trabalhar pelo povo e estamos em todos os lugres do Brasil", disse Teixeira.
Teixeira reforçou a posição de Dias: "é importante ter sustentabilidade política. Por isso, tanto Wellington quanto eu, defendemos a entrada desses partidos no governo. E vamos aguardar, temos certeza de que o presidente Lula cuidará bem do "seu coração', disse Teixeira