“Viva o SUS”: diz Padilha após SAMU socorrer Bolsonaro

Governo Lula já entregou 2.222 ambulâncias até 2025

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou nesta sexta-feira (11) a importância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ser atendido pelo sistema no Rio Grande do Norte. O episódio reabriu o debate sobre os investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e no próprio SAMU, criado em 2004, durante o primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Todo mundo sabe: na hora da emergência, chama o SAMU 192”, escreveu Padilha na rede social X (antigo Twitter). “Atendimento de urgência para salvar vidas de norte a sul. Criado pelo presidente Lula, para todos os brasileiros, cada vez maior e mais rápido! Viva o SUS”, completou.

Nas redes sociais, usuários também relembraram a entrega recente de 789 novas ambulâncias do SAMU, distribuídas em 559 municípios de 21 estados — incluindo o Rio Grande do Norte, onde Bolsonaro foi socorrido após um mal-estar.

A comparação entre os governos também ganhou destaque quando um usuário da plataforma X consultou o Grok, ferramenta de inteligência artificial do bilionário Elon Musk, sobre o número de ambulâncias entregues nos últimos anos. Segundo a IA, durante o governo Bolsonaro (2019 a 2022), foram entregues 366 ambulâncias ao SAMU. Já no governo Lula (de 2023 até março de 2025), foram mais de 2.200 unidades, com um total oficial de 2.222 até o dia 27 de março deste ano.

Com isso, o termo “SAMU” esteve entre os assuntos mais comentados da rede, com mais de 9 mil menções de usuários brasileiros. Muitos perfis destacaram os investimentos recentes, como a entrega de 12 ambulâncias no estado potiguar pela governadora Fátima Bezerra (PT), em novembro de 2024.

Durante o mandato de Bolsonaro, o SUS sofreu cortes significativos, incluindo uma redução de R$ 22,7 bilhões no orçamento de 2023, mesmo diante da recuperação da pandemia de Covid-19. O SAMU, especificamente, enfrentou uma defasagem de quase 60% em 2022, com repasses de R$ 1,22 bilhão — um reajuste de apenas 1,5% em relação ao ano anterior.

Atualmente, o SAMU cobre mais de 179 milhões de brasileiros e conta com uma frota de mais de 3.600 ambulâncias, além de motolâncias, ambulanchas e apoio aeromédico. O serviço é financiado de forma tripartite — por União, estados e municípios — com o governo federal responsável por metade dos investimentos.