O ex-desembargador eleitoral Flávio Britto, marido da ministra dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, usou na quinta-feira (30/6) a expressão “CPF cancelado”, usada para celebrar assassinatos, geralmente feitos pela polícia. Durante uma viagem oficial do ministério, o ex-desembargador do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal gravou um vídeo com o apresentador bolsonarista Sikêra Jr., que já havia feito o mesmo com Jair Bolsonaro e ministros no ano passado.
“CPF cancelado”, começou o ex-desembargador, rindo, sendo seguido por Sikêra. A dupla segurava um cartaz com a inscrição no estúdio do programa de Sikêra, na RedeTV! em Manaus (AM). Mulher do ex-desembargador, a ministra Cristiane Britto foi entrevistada por Sikêra e alegou ter cumprido compromissos públicos na cidade, embora nada tenha sido registrado na agenda oficial.
A expressão pejorativa, já usada por Jair Bolsonaro publicamente, vem sendo repetida por diversas autoridades bolsonaristas para ironizar assassinatos de suspeitos de crimes por policiais. No ano passado, Bolsonaro posou para fotos com Sikêra com o cartaz controverso. A dupla estava acompanhada pelo pastor Milton Ribeiro, ex-ministro da Educação que foi preso pela PF no mês passado.
Veja o vídeo:
Em junho, o Amazonas foi palco do assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips. Não consta nenhuma viagem da ministra dos Direitos Humanos ao estado durante os dez dias até a polícia encontrar os restos mortais de Bruno e Dom. Nas redes sociais, a ministra se calou sobre o caso.
Com informações da coluna de Guilherme Amado