O governador Rafael Fonteles assinou, no último final de semana, o decreto que cria o Parque Tecnológico do Estado do Piauí. A iniciativa, oficializada por meio do Decreto Nº 23.479, tem como objetivo fomentar a pesquisa científica, o desenvolvimento tecnológico e aumentar a competitividade empresarial na região, consolidando o Piauí como um polo emergente no cenário nacional de inovação.
A gestão do Parque ficará sob responsabilidade da Secretaria de Administração (SEAD), que atuará na articulação de projetos, captação de recursos e formação de parcerias com instituições públicas e privadas. Já a execução técnica e operacional será conduzida pelo Piauí Instituto de Tecnologia (PIT), encarregado de gerenciar a infraestrutura, atrair empresas e startups e promover o diálogo entre universidades, empresas e o governo.
Além disso, a iniciativa contará com o apoio da Secretaria de Inteligência Artificial, Economia Digital, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado, que será responsável por implementar políticas focadas em inteligência artificial, transformação digital e automação. A pasta também atuará na promoção da adoção de tecnologias inovadoras nas cadeias produtivas locais.
A área destinada ao Parque Tecnológico será definida em ato específico, levando em conta critérios técnicos e diretrizes ambientais. A SEAD deverá regulamentar normas complementares para garantir o funcionamento e a governança do projeto, assegurando a integração entre governo, academia e setor privado.
Outro destaque do decreto é o incentivo à instalação de startups e centros de pesquisa no Parque, com o objetivo de consolidar uma cultura de inovação. A medida promete impulsionar diretamente a economia local e regional, promovendo um ambiente favorável ao desenvolvimento de novas tecnologias e soluções empresariais.
Vale do Silício (original)
O Vale do Silício (em inglês: Silicon Valley), na Califórnia, Estados Unidos, é um apelido da região da baía de São Francisco onde estão situadas várias empresas de alta tecnologia, destacando-se na produção de circuitos eletrônicos, na eletrônica e informática. O vale abrange várias cidades do estado da Califórnia, como Palo Alto, São Francisco e Santa Clara, estendendo-se até os subúrbios de São José.
A palavra "silício" vem das empresas de pesquisa e manufatura de circuitos integrados de silício, como a Fairchild Semiconductor e a Intel, mas hoje a região é sede para várias empresas de alta tecnologia, muitas incluídas no na Lista 500 da Fortune, além de empresas Startup.
Fora dos Estados Unidos, destaca-se em Israel o Silicon Wadi, a segunda maior aglomeração de indústrias de tecnologia de ponta, atrás apenas do Vale do Silício da Califórnia.
Vale do Silício (brasileiro)
O Vale do Silício brasileiro não é exatamente uma região em que se concentra a inovação nacional, mas um conjunto de regiões e polos espalhados pelo país. Não há, portanto, um equivalente exato ao destacado Vale do Silício dos Estados Unidos.
O Vale do Silício Brasileiro é composto por uma rede de startups, incubadoras, aceleradoras, investidores, mentores e universidades. A região se destaca em setores como fintechs, agritech, edtech e healthtech.
Integram o Vale brasileiro: São Paulo, Recife, Campinas, Santa Rita do Sapucaí, Belo Horizonte, Porto Algre, São José dos Campos, Rio de Janeiro, Florianópolis
Vale do Silício do Nordeste brasileiro
O Porto Digital, localizado no centro histórico do Recife, é o maior parque tecnológico urbano e aberto do Brasil, destacando-se como um polo de desenvolvimento nas áreas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), Economia Criativa e inovação urbana. Fundado em 2000, o parque transformou uma área antes degradada em um hub dinâmico que abriga mais de 400 empresas, gerando um faturamento anual significativo.
Transformação urbana e crescimento com o Porto Digital
- O parque ocupa uma área de 171 hectares, incluindo expansões para bairros próximos, e é um exemplo de requalificação urbana bem-sucedida.
- Desde sua fundação, mais de 138 mil metros quadrados de imóveis históricos foram restaurados, revitalizando não apenas a economia local, mas também o patrimônio arquitetônico da região.
- O Porto Digital é um modelo de cooperação entre governo, academia e setor privado, conhecido como “Triple Helix”, que impulsiona a inovação e o empreendedorismo.
- Reconhecido nacionalmente, foi eleito três vezes o melhor parque tecnológico do Brasil pela Anprotec.
- O ecossistema do Porto Digital é diversificado, abrangendo desde startups até grandes multinacionais como Accenture e NTT DATA.
- Com mais de 18 mil profissionais e empreendedores, o parque contribui significativamente para a economia local, sendo o terceiro maior setor de serviços na capital pernambucana, com um faturamento anual de R$ 5,4 bilhões em 2023.