Na terça-feira próxima, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará sua participação na 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, marcando sua segunda presença no evento desde que retornou à presidência. A fala de Lula é aguardada com grande expectativa, já que, como é tradição, o Brasil faz o discurso de abertura. O presidente deve abordar temas como a defesa da democracia, combate às mudanças climáticas, desigualdades globais e a necessidade de uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, pauta que ele tem defendido em outros fóruns internacionais.
Em meio a um cenário internacional tenso, com conflitos armados, crise econômica e desafios ambientais, Lula busca reforçar a imagem do Brasil como líder na promoção de uma diplomacia multilateral e na luta por um mundo mais igualitário. O presidente deve destacar o compromisso do país com a preservação da Amazônia e o combate ao desmatamento, questões centrais para a política externa brasileira, principalmente após o retorno do Brasil ao Acordo de Paris e a candidatura do país para sediar a COP30 em 2025.
Além da participação na Assembleia Geral, Lula terá uma série de compromissos paralelos nos Estados Unidos. Veja alguns:
- Encontro bilateral com a Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen
- Encontro bilateral com o Primeiro-Ministro da República do Haiti, Garry Conille
- Participa de evento da Iniciativa Global Clinton, organizada pelo ex-presidente dos EUA Bill Clinton
- Audiência concedida ao Presidente de Governo do Reino da Espanha, Pedro Sánchez
- Encontro com o presidente da República Francesa, Emmanuel Macron
- Participa da sessão de Abertura da Reunião Ministerial do G20
Outro ponto importante na agenda de Lula é sua participação em encontros com líderes empresariais e investidores globais. O presidente brasileiro busca atrair novos investimentos para o Brasil, especialmente em áreas como infraestrutura verde e energias renováveis, promovendo o país como um destino sustentável e seguro para negócios internacionais.
A viagem aos EUA também será uma oportunidade para Lula fortalecer o papel do Brasil em questões humanitárias. Ele deve se reunir com líderes de países em desenvolvimento e reforçar sua defesa por uma distribuição mais justa de vacinas e insumos médicos, especialmente em um momento de retomada econômica global após a pandemia.
Com essa agenda cheia e diversificada, Lula pretende consolidar o protagonismo internacional do Brasil, retomando o caminho da diplomacia ativa que marcou seus mandatos anteriores, agora com um foco maior em temas ambientais e de justiça social.