Julian Assange não pode ser extraditado para os EUA para enfrentar acusações de espionagem e de hackear computadores do governo, decidiu a Justiça britânica. A decisão foi proferida no tribunal pela juíza Vanessa Baraitser.
Uma apelação deve ser feita contra a decisão, que vem após semanas de audiências no ano passado e campanhas de apoiadores de Assange e outros que denunciaram as acusações dos EUA contra ele como um ataque à liberdade de imprensa.
O caso contra ele está relacionado à publicação pelo WikiLeaks de centenas de milhares de documentos vazados sobre as guerras do Afeganistão e do Iraque, bem como cabos diplomáticos, em 2010 e 2011.
Os promotores dizem que Assange ajudou o analista de defesa dos EUA, Chelsea Manning, a violar a Lei de Espionagem dos EUA, foi cúmplice de hackers por terceiros e publicou informações confidenciais que colocavam informantes em perigo. Assange nega conspirar com Manning para quebrar uma senha criptografada em computadores dos EUA e diz que não há evidências de que a segurança de ninguém foi comprometida.