O Twitter suspendeu temporariamente a conta de Donald Trump Jr., filho do presidente dos Estados Unidos, por compartilhar um vídeo sobre o uso da hidroxicloroquina contra a Covid-19, mesmo que o medicamento tenha sido considerado, segundo estudos, sem eficácia comprovada no combate à doença.
A notícia de que a conta sofreu restrições foi anunciada nesta terça-feira (28) pelo porta-voz do filho de Donald Trump e estrategista do partido Republicano, Andrew Surabian. Ele acusou a empresa de tecnologia de ser "a maior ameaça à liberdade de expressão".
Em resposta à postagem de Surabian, a rede social disse que "a conta não foi permanentemente suspensa". Um porta-voz da plataforma disse "A captura de tela compartilhada diz diretamente que o Twitter requeria a exclusão do tuíte porque violava nossas regras e que limitávamos algumas funcionalidades da conta por 12 horas”, afirmou o porta-voz.
Trump também retuitou uma publicação na noite de segunda-feira acusando o médico Anthony Fauci e democratas de suprimir o uso de hidroxicloroquina para tratar o novo coronavírus e incluiu um link para o vídeo, no qual os médicos desconsideram a necessidade de máscaras faciais em meio à pandemia. O vídeo também foi retirado do Facebook e do YouTube, da Alphabet, depois de ser amplamente compartilhado.
Mas e Bolsonaro?
Decisão da rede social poderia, em tese, derrubar a conta de Jair Bolsonaro, que já usou seu perfil várias vezes para propagandear um remédio que não tem eficácia.
A plataforma, no entanto, não tomou nenhuma medida contra Jair Bolsonaro, que vem ostensivamente fazendo propaganda do uso da cloroquina contra a Covid-19. O próprio Bolsonaro afirma ter tomado o medicamento no tratamento da doença causada pelo coronavírus.