Servidor filmava amigas nuas para postar em sites de pornografia

Ex-namorada descobriu o esquema

A Polícia Civil investiga o servidor público federal Pablo Silva Santiago, de 39 anos, por filmar mulheres nuas sem o consentimento delas ao longo de sete anos. A investigação aponta que o suspeito instalava câmeras escondidas em banheiros de diversos locais, incluindo suas residências, casas de amigos, festas e outros espaços públicos.

De acordo com as apurações, Pablo, que também atuava como professor de dança e músico, utilizava o material gravado para compartilhar em sites pornográficos e grupos em plataformas como o Telegram. A descoberta do esquema ocorreu em abril de 2024, quando a então namorada do investigado encontrou milhares de fotos e vídeos íntimos de diversas mulheres armazenados em seu computador, alguns datados de 2017. Em uma conversa com a ex-companheira, Pablo teria justificado sua conduta alegando ser dependente de pornografia.

As investigações revelaram que uma servidora pública federal de 35 anos está entre as vítimas, tendo sido filmada sem seu consentimento, inclusive durante uma videochamada. A situação ganhou novos contornos quando um amigo de Pablo, ao tomar conhecimento dos fatos, alertou outras mulheres que poderiam ter sido filmadas, expondo a violação de privacidade. Desesperado, Pablo confessou os crimes ao amigo, mencionando um suposto vício em conteúdos cada vez mais extremos, incluindo necrofilia.

A polícia já identificou mais de mil vídeos gravados em banheiros. Segundo a ex-namorada, Pablo teria escondido câmeras não apenas nas residências onde morou, mas também no salão de festas de sua tia, na casa de um amigo e na residência da mãe desse amigo. O caso foi formalmente denunciado em abril pela ex-namorada, que encontrou as imagens e vídeos organizados por data e nome das vítimas. Apesar da alegação de vício em pornografia, a polícia confirmou que o conteúdo era distribuído em grupos online.