Rogério de Almeida Felício, conhecido como Rogerinho, foi citado em uma das delações feitas por Antônio Vinícius Gritzbach. Ele, que atua como segurança do cantor bolsonarista Gusttavo Lima, é influenciador digital e empresário, sustenta uma série de negócios no litoral Sul de São Paulo e recebe vencimentos na casa dos R$ 7 mil como agente da Polícia Civil.
De acordo com a delegação de Gritzbach para o Ministério Público de São Paulo (MPSP), o empresário apontou casos de corrupção envolvendo policiais de quatro delegacias diferentes em São Paulo, além de revelar o esquema de lavagem de dinheiro que beneficiava o Primeiro Comando da Capital (PCC).
Em um trecho do documento apresentado pela defesa de Gritzbach, são mencionados áudios que comprovariam “ilicitudes e arbitrariedades de Fabio Baena e toda a sua equipe, incluindo Rogerinho e Eduardo Monteiro”. Esses policiais teriam influenciado as investigações sobre a morte do traficante Anselmo Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, com quem Gritzbach teria envolvimento, segundo o Ministério Público.
Rogerinho é conhecido por compartilhar sua vida nas redes sociais e, de maneira exacerbada, mostrar o cantor Gusttavo Lima, para quem alega trabalhar. O cantor não foi citado na delação de Vinícius Gritzbach.
Em 2020, o ex-policial chegou a ser entrevistado pelo Delegado da Cunha, atual deputado federal, sendo apresentado como “o sniper da Polícia Civil”. A atuação de Rogerinho e outros policiais citados na delação agora está sob investigação da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo.