A empresa italiana Enel adotou uma estratégia global que prioriza a redução de custos, cortes no quadro de funcionários e diminuição de investimentos, focando no pagamento de dividendos a acionistas estrangeiros.
Essa abordagem tem gerado críticas, especialmente em relação à qualidade dos serviços prestados. O foco em dividendos, em vez de reinvestir na infraestrutura, pode comprometer a confiabilidade do fornecimento de energia.
Até a manhã desta segunda-feira (14), a Enel informou que 537 mil imóveis na Grande São Paulo estavam sem energia elétrica, sendo a capital a mais afetada, com 354 mil residências impactadas. Cidades como Taboão da Serra, Cotia e São Bernardo do Campo também estão entre as mais atingidas.
O balanço de 2023 da Enel revelou que a empresa conta com 15.721 funcionários, uma queda significativa em relação aos quase 27 mil registrados em 2020.
Em 2019, o Chile enfrentou uma onda de mobilizações contra políticas neoliberais, resultando em um aumento de 15% nas tarifas de energia e na queima da sede da Enel em Santiago. A revolta chilena foi marcada por uma insatisfação profunda com a exploração e a inação do governo.
Um comunicado da Enel mencionou que "um grupo de desconhecidos atacou as dependências do edifício corporativo, especificamente a escada de emergência", garantindo que os funcionários foram evacuados e não houve feridos.
Em São Paulo, enquanto os prédios da Enel permanecem intactos, os carros da companhia estão parados nos estacionamentos, enquanto os moradores enfrentam a escuridão.