Rodrigo Bocardi diz na Globo que bloqueio nas estradas é “choro de perdedor”

O apresentador do Bom Dia São Paulo, da Globo, de forma incisiva, cobrou as autoridades ações para liberação das vias

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Rodrigo Bocardi

Na manhã desta quarta-feira (2), o jornalista e apresentador Rodrigo Bocardi, ao noticiar as manifestações em rodovias feitas por apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que entraram em seu terceiro dia desde o resultado das urnas com a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), não se conteve e disparou: “É o choro do perdedor”.

O apresentador do Bom Dia São Paulo, da Globo, de forma incisiva, cobrou as autoridades ações para liberação das vias. “Ontem, a gente viu… Não tinha nenhuma ação. Só depois de uma reunião, de uma coletiva e tal que começou uma ação. E uma ação que tem que continuar. Tem que continuar o trabalho de desmobilização e de liberação das rodovias”, disse o âncora para a colega Cinthia Toledo.

Por sua vez, Cinthia concordou com o discurso do colega: “É a democracia, né. Um ganha, outro perde”. Bocardi frisou que espera que a polícia continue trabalhando para liberar as estradas. “A gente chora a derrota, mas vamos chorar sem atrapalhar a vida do próximo”, concluiu o âncora.

O apresentador irritado com a situação continuou: “Ontem o presidente Jair Bolsonaro já disse, fez aquele pronunciamento curto, dizendo ali de alguma forma que não concorda com esses atos. Não foi enfático, mas disse que não concorda. Ele também autorizou a transição de governo, que, no entendimento do Supremo Tribunal Federal, é um reconhecimento da derrota”.

“Essas pessoas bloqueando estradas, e elas estavam reclamando de que? É o choro do perdedor. Lamentamos”, enfatizou Bocardi, que ressaltou que vencer ou perder nas urnas faz parte de uma democracia. O próprio presidente havia informado para apoiadores que reconheceria uma eventual derrota, e que iria respeitar o resultada das eleições, mesmo com sua derrota, porém, não vem se posicionando dessa maneira.

“Fui lá e votei, meu candidato não ganhou, lamento. Reconheço a derrota, vou fiscalizar esse próximo governo, ajudar a construir uma sociedade melhor e, depois de quatro anos, eu voto de novo e tento fazer com que meu candidato ganhe. Não dá para você interditar a vida de todo mundo por causa de um lamento de derrota, por não ser capaz de reconhecer uma derrota. A gente chora a derrota, mas vamos chorar sem atrapalhar a vida do próximo”, desabafou.