Rede de extrema-direita que tramava golpe na Alemanha tem ligação com Brasil

Um dos militares pertencente ao União Patriótica detido na operação policial na semana passada costumava passar férias em Santa Catarina, no Brasil

Foto: FRICKE/AFP
Forças especiais da polícia alemã

Na última semana uma mega-operação da polícia alemã revelou uma rede da extrema direita que conspirava para tomar o poder no país. Intitulado de União Patriótica, o grupo extremista se estendia por diversos estados alemães e tinha conexões internacionais, chegando até o Brasil, direta ou indiretamente.

O Bundesamt für Verfassungschutz (BfV), serviço de inteligência encarregado de investigações domésticas, afirmou que o União Patriótica faz parte de um movimento mais amplo, o Reichsbürger – Cidadãos do Império Alemão. Esse grupo soma mais de 21 mil membros ativos.

No entanto, essa sigla se dá por inúmeras pequenas organizações disseminadas por toda a Alemanha. Seus membros, que manifestam uma nostalgia do regime nazista, são do sexo masculino, têm 50 anos ou mais e defendem ideias antissemitas.

Um dos militares pertencente ao União Patriótica detido na operação policial na semana passada costumava passar férias em Santa Catarina, no Brasil. No estado brasileiro, ele possui duas empresas em operação. Além disso, outros membros do grupo extremista tem ligação com QAnon, movimento norte-americano que defende a ideia de que houve um “complô” contra o ex-presidente Donald Trump.

Vale destacar que no Brasil, um dos grupos simpatizantes do QAnon é o Pugnaculum, grupo que divulga nas redes sociais posts favoráveis ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

O União Patriótica tinha como um dos planos a invasão do Bundestag, o Parlamento alemão, o corte de energia no país, a derrubada do governo e a tomada do poder, além da renegociação com as potências vencedoras da Segunda Guerra Mundial das fronteiras alemãs.

Com informações do Dcm