Radicais seguem defendendo a morte de Lula. Gleisi Hoffmann pede que não haja anistia

Não haverá paz com impunidade, diz ela

Sergio Denicoli é analista de redes e ele escreveu no Estadão que radicais seguem defendendo a execução de Lula e de Alexandre de Moraes nas redes sociais.

 Denicoli analisou 132 mil publicações no X, feitas nas últimas 48 horas, sobre o plano para matar Lula, Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, e observou que, apesar de 69% das publicações condenarem o plano de execução, 12% das manifestações demonstraram apoio direto ou simpatia à ideia de eliminar fisicamente figuras públicas, em nome de uma suposta “salvação nacional”.

Segundo ele, esses dados evidenciam como os limites do discurso democrático têm sido rompidos em determinados setores da sociedade. Muitos dos defensores e apologistas do chamado plano “Punhal Verde e Amarelo”, revelado pela operação Contragolpe, da Polícia Federal, justificam suas posições sob a alegação de que o governo Lula é ilegítimo, repetindo narrativas conspiratórias amplamente disseminadas em redes sociais e aplicativos de mensagens.

A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, ao saber do trabalho de Sergio Denicoli, escreveu no X: "É estarrecedor saber que 12% das postagens em redes sociais defendem abertamente o plano dos militares bolsonaristas para assassinar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, de acordo com o analista de redes Sergio Denicoli (Estadão). É mais uma evidência de que o projeto de lei da anistia dos golpistas tem de ser arquivado, porque a expectativa de impunidade que ele gera é o maior estímulo a indivíduos e grupos extremistas. Nas redes e, pior ainda, por meio de ações terroristas. Por isso, apresentamos requerimento ao presidente da Câmara pedindo o arquivamento imediato do PL da Anistia. Não haverá paz com impunidade nem com expectativa de perdão para quem atentou contra a democracia e quer atentar contra a vida. Sem anistia!"