O prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, oficializou sua pré-candidatura à presidência nacional do Partido dos Trabalhadores (PT). O lançamento da campanha está marcado para o dia 13 de maio, no Circo Voador, no Rio de Janeiro. Atual vice-presidente da legenda, Quaquá entra na disputa como um nome dissidente dentro da principal corrente interna da sigla, a Construindo um Novo Brasil (CNB), e desafia a candidatura de Edinho Silva, ex-prefeito de Araraquara (SP), apoiado por setores próximos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A decisão provocou divisões na CNB, que até então caminhava para uma possível unidade em torno de Edinho, considerado favorito na disputa. Em mensagens enviadas a um grupo de WhatsApp da corrente, Quaquá rejeitou qualquer consenso nesse sentido e reafirmou sua disposição de disputar a liderança do partido. “Nossa [unidade] não! Edinho não é meu candidato! De onde surgiu a candidatura dele? Qualquer militante pode ser candidato… Eu vou lançar a minha na semana que vem”, escreveu o prefeito fluminense.
Com a confirmação de sua candidatura, Quaquá se torna o quinto nome na corrida para suceder Gleisi Hoffmann, que deixou a presidência do PT para assumir a Secretaria de Relações Institucionais (SRI) da Presidência da República. Além dele e de Edinho Silva, estão na disputa o deputado federal Rui Falcão (PT-SP), o secretário de Relações Internacionais do partido, Romênio Pereira, e o dirigente da corrente Articulação de Esquerda, Valter Pomar. O senador Humberto Costa (PT-PE), que ocupa interinamente a presidência do partido, também é cotado, embora ainda não tenha oficializado sua participação.
Em entrevista recente, Quaquá afirmou que buscará uma aliança programática com Rui Falcão e Romênio Pereira, caso a disputa vá para o segundo turno. Ele também revelou que sua campanha será ancorada nas propostas apresentadas em seu livro recém-lançado, Diálogos com a Utopia, no qual discute os caminhos da esquerda brasileira e defende uma renovação no pensamento estratégico do partido.