Promotor que exigiu propina usará tornozeleira eletrônica

A ação é um desdobramento da Operação Iscariotes, deflagrada em 7 de agosto.

Nesta quinta-feira (15), a Polícia Federal e o Ministério Público do Piauí, através da Procuradoria-Geral de Justiça, cumpriram novas medidas referentes a Operação Iscariostes, deflagrada em 7 de agosto, em Teresina. A determinação é que o promotor de Justiça, Maurício Verdejo Gonçalves Júnior, titular da 6ª Promotoria de Picos, utilize tornozeleira eletrônica.

Além do monitoramento eletrônico, o TJ também determinou o bloqueio de bens e valores, o afastamento do cargo público, além de outras medidas cautelares que se estendem também ao assessor de Maurício, também alvo da operação.

De acordo com a Polícia Federal, nesta nova fase da operação cinco mandados de busca e apreensão em endereços vinculados aos investigados, sendo quatro deles em Teresina e um em Picos.

A Operação Iscariotes foi deflagrada em 7 de agosto e naquela ocasião cumpriu um mandado e busca e apreensão na residência do promotor. Durante a ação, aproximadamente R$900 mil em espécie foram apreendidos. A investigação foi iniciada após o empresário Junno Pinheiro relatar à PF que foi abordado pelo promotor, que cobrou propina do mesmo para cessar uma investigação.

O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) determinou o afastamento de Maurício Verdejo de suas funções após ser acusado de exigir propina no valor de R$ 3 milhões. Ele ficará afastado de suas funções durante 90 dias.