Prevent Senior e Bolsonaro: um crime contra a saúde pública sem precedentes

Parece que todos os caminhos do crime levam ao desgoverno Bolsonaro

Foto: Divulgação
Prevent

 

Por Chico Alencar, vereador/RJ, no facebook 

Um dossiê elaborado por médicos e ex-médicos da Prevent Senior foi entregue à CPIdaCovid denunciando que a disseminação da cloroquina e de outros medicamentos comprovadamente ineficazes contra a Covid-19 foi resultado de um acordo entre o governo Jair Bolsonaro e a operadora de saúde. Isso é gravíssimo! O que está acontecendo no Brasil é um crime contra a saúde pública sem precedentes.

A CPI investiga se a Prevent Senior ocultou mortes de pacientes com Covid durante a realização de um estudo para testar o tratamento com o "kit covid". A operadora de saúde também é acusada de proibir médicos de informar a pacientes e familiares sobre o uso do tratamento precoce, que simplesmente NÃO EXISTE! Trocando em miúdos: pessoas foram usadas como COBAIAS!

Tudo indica que os resultados foram distorcidos para favorecer e dar credibilidade à narrativa mentirosa do tratamento precoce. O objetivo sempre foi lucrar com venda de remédios ineficazes. Houve prescrição em massa do kit covid por planos de saúde. A Prevent Senior não só enviava medicamentos ineficazes para os pacientes, como segue receitando o kit covid até hoje. O nome disso é charlatanismo! É crime!

Para se eximir da responsabilidade, hoje, em depoimento, o diretor da Prevent Senior, Pedro Batista Junior, acusou médicos de divulgar dados manipulados da tal pesquisa com cloroquina. Mentira! O depoente admitiu que a operadora de saúde não tinha autorização da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) para fazer o estudo. Pedro Batista disse, com todas as letras, que a empresa mudava ficha dos pacientes para retirar a menção ao coronavírus.

O dossiê entregue à CPI informa, inclusive, que a declaração de óbito da mãe do empresário bolsonarista Luciano Hang foi fraudada. O médico negacionista Anthony Wong morreu de Covid em janeiro deste ano, mas o atestado de óbito não cita a causa. O caso foi escondido por 123 profissionais do hospital da Prevent Senior. Quem era a médica responsável pelo tratamento? Nise Yamaguchi, integrante do suposto gabinete paralelo no Ministério da Saúde. Parece que todos os caminhos do crime levam ao desgoverno Bolsonaro.