Prefeito de João Pessoa se refugia em abrigo durante visita a Israel após ataque a Teerã

Comitiva aguarda resgate devido ao espaço aéreo fechado

Em meio à escalada de tensão no Oriente Médio, o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), precisou buscar abrigo na cidade israelense de Kfar Saba, na noite de quinta-feira (12), após o bombardeio de Israel contra a capital do Irã, Teerã. Lucena está em visita oficial ao país com o objetivo de conhecer tecnologias voltadas à segurança pública. Ele se encontra nas imediações de Tel-Aviv e afirmou estar em segurança, aguardando orientações para retornar ao Brasil.

De acordo com vídeo publicado por ele nas redes sociais, sirenes de alerta soaram pelo menos duas vezes, forçando a comitiva a buscar proteção em um abrigo localizado no campus universitário onde estão hospedados. “Já fomos duas vezes para o abrigo. O espaço aéreo está fechado. Já entramos em contato com a embaixada brasileira, que avalia a possibilidade de antecipar o retorno”, afirmou o prefeito.

Cícero também revelou que tem mantido diálogo com o deputado federal Hugo Motta (Republicanos-PB), presidente da Câmara, para viabilizar alternativas de repatriação. “Sabemos da complexidade envolvendo as companhias aéreas, principalmente internacionais, e da sobrecarga nos aeroportos. Por isso, solicitamos que o governo brasileiro estude uma operação de resgate”, disse o gestor paraibano em entrevista à TV Cabo Branco.

A comitiva brasileira chegou a Israel no último domingo (8), com previsão de retorno ao Brasil para a próxima sexta-feira (20). No entanto, os recentes desdobramentos do conflito podem alterar esse cronograma.

O ataque

Na madrugada de sexta-feira (13), no horário local — ainda noite de quinta-feira no Brasil —, Israel lançou um ataque contra estruturas militares e nucleares no território iraniano, numa resposta à ofensiva do Irã dias antes, que incluiu o lançamento de mais de 100 drones sobre o território israelense.

A TV estatal iraniana afirmou que o bombardeio israelense matou altos oficiais militares, incluindo o comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, e o chefe das Forças Armadas, Mohammad Bagheri. Dois cientistas nucleares também teriam morrido na ação.

Com o recrudescimento da crise, o governo israelense recomendou à população que permaneça próxima a abrigos e evite áreas abertas, enquanto o Irã promete retaliar os ataques sofridos. O espaço aéreo israelense permanece fechado desde então, impactando voos e dificultando a saída de estrangeiros do país.