Na noite de segunda-feira (28), o jovem Ithalo dos Santos Nascimento, de 25 anos, foi morto por policiais militares após sair de uma loja de conveniência em um posto de combustíveis no Bairro Coroa do Meio, em Aracaju (SE). Ithalo, que trabalhava como garçom, estava de folga e saiu de casa por volta das 19h, informando à esposa que havia deixado sua motocicleta no Bairro São José antes de caminhar até o local do incidente.
De acordo com o Registro de Ocorrência Policial (ROP), os agentes do Grupamento Especial Tático de Motos (Getam) estavam abastecendo suas motocicletas quando Ithalo teria simulado sacar uma arma e se aproximado da guarnição. Um dos policiais disparou contra ele, resultando em sua morte no local. No entanto, a perícia do Instituto de Criminalística revelou que Ithalo estava apenas com um celular e pedaços de plástico na cintura.
O padrasto de Ithalo, José Santana Neto, contestou as alegações de que o jovem representasse uma ameaça, afirmando: "Meu filho não era vagabundo, meu filho não andava armado." A família também destacou que Ithalo sofria de ansiedade e depressão, condições que, segundo eles, não justificariam um desfecho tão trágico.
A Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) e o Comando da Polícia Militar determinaram uma investigação imediata, a ser conduzida pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), para esclarecer as circunstâncias do ocorrido.