Piauiense morre por mau funcionamento do airbag de seu veículo no DF

O acessório de segurança, em vez de proteger, acabou sendo o fator fatal

A assistente social Marcela Gonçalves Feitosa de Melo, de 37 anos, faleceu após um grave acidente automobilístico envolvendo o mau funcionamento do airbag de seu veículo. O incidente ocorreu na terça-feira, (01/10), no Distrito Federal, quando o carro que Marcela dirigia colidiu frontalmente com outro veículo e o airbag atingiu a carótida dela. Embora o impacto do acidente em si não fosse de alta intensidade, o acessório de segurança, em vez de proteger, acabou sendo o fator fatal.

Nascida em Inhuma (PI), Marcela morava em Taguatinga. A assistente social trabalhava no Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e também prestou serviços à UniProjeção.

Marcela Gonçalves Feitosa de Melo era uma profissional dedicada e atuava há mais de 10 anos na área de assistência social, sempre reconhecida pelo comprometimento com a causa de pessoas em situação de vulnerabilidade. A tragédia comoveu colegas de trabalho, familiares e amigos, que agora clamam por uma investigação rigorosa para determinar as causas do mau funcionamento do dispositivo.

As autoridades locais e a montadora responsável pelo veículo afirmaram que estão acompanhando as investigações e que todos os recursos necessários serão alocados para esclarecer o ocorrido. O caso também reacende discussões sobre a segurança veicular no Brasil e a fiscalização de dispositivos de proteção como os airbags, que, apesar de serem itens obrigatórios nos automóveis, ainda apresentam riscos quando há falhas em sua fabricação ou manutenção.

O carro de Marcela não passou por recall. Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), a montadora anunciou o chamado para reparos em 2020. Até terça-feira (1º/10), data da tragédia, o serviço estava pendente. Marcela dirigia um Toyota/Etios SD XS, 2015/2016. 

De acordo com o portal do Senatran, a montadora anunciou, em novembro de 2020, o recall dos airbags fixados nos assentos do motorista e do passageiro.

Segundo o chamado, o serviço era necessário para corrigir eventual ruptura da carcaça do deflagrador, com risco de dispersão de fragmentos metálicos com a bolsa do airbag.

Montadora lamenta e reforça recall

Por nota, a Toyota lamentou a morte de motorista. A montadora confirmou que o veículo foi chamado para recall e que o pedido estava pendente. A empresa ressaltou a importância de os motoristas estarem atentos às campanhas de recall.

Leia a nota completa:

A Toyota se solidariza com a família da vítima e lamenta o ocorrido. Com relação ao veículo, informa que se encontra com campanha de recall pendente desde 2019. Para que a Toyota possa fornecer maiores informações, será necessária perícia técnica.

Aproveitamos para pedir aos proprietários que verifiquem se os seus veículos estão envolvidos na campanha de recall pelo site https://www.toyota.com.br/meu-toyota/servicos/recall, pelo Toyota Assistência 24 horas no telefone 0800 703 0206 ou diretamente com o concessionário mais próximo. Caso o veículo esteja envolvido na campanha de recall, pedimos que o proprietário entre em contato com a Rede de Concessionárias Toyota para realizar o agendamento. O serviço consiste na substituição do deflagrador da bolsa do airbag, tem duração estimada de até 1 hora e é realizado de forma gratuita.