Mais da metade (54%) dos trabalhadores de saúde e de serviços essenciais estão passando por sofrimento psíquico durante a pandemia. O dado consta em pesquisa realizada pela Internacional de Serviços Públicos (ISP), que teve os primeiros resultados divulgados na noite de ontem (21).
O levantamento foi feito entre 27 de março e 15 de junho deste ano. Ele teve a participação de 3.636 profissionais da saúde e outros serviços essenciais, tanto do setor público quanto do privado.
Mas o que leva esses trabalhadores à situação de sofrimento? Segundo o estudo, são principalmente três fatores. Eles enfrentam falta de equipamentos de proteção individual (EPIs), jornadas de trabalho excessivas e falta de treinamento para atender pacientes com Covid-19.
A falta de EPIs mesmo nas respostas mais recentes surpreendeu a entidade. Segundo Denise Motta Dau, a expectativa era que, com o passar dos meses, o número de profissionais que afirmam receber EPIs aumentasse. Mas isso não aconteceu. “Apesar do tempo que tiveram para se organizar, adquirir e distribuir esses materiais, a pesquisa demonstra que os gestor. es públicos e empregadores privados continuam ignorando os protocolos da Anvisa e da OMS”, disse Denise.
Os resultados finais da pesquisa serão apresentados durante o seminário virtual “Trabalhadoras e Trabalhadores Protegidos Salvam Vidas”. O evento acontece na próxima terça-feira (25), a partir das 14h. A transmissão será pela página do Facebook da ISP.