O anúncio feito no sábado (30) pelo Ministério da Saúde brasileiro, dando a entender que o Brasil receberá “a partir de meados de fevereiro” até 14 milhões de doses do consórcio mundial de vacinas, a Covax, não traz em sua totalidade a realidade do acordo.
Ainda que as entregas comecem a chegar de fato na segunda metade de fevereiro, carta da entidade internacional e dados com o cronograma da aliança internacional revelam que grande parte desse volume do imunizante apenas será entregue entre abril e junho. Isso ainda na condição de que haja oferta suficiente no mercado, aprovação por parte da OMS e abastecimento da China.
De fato, na carta que a Saúde recebeu, o detalhamento revela que não se trata de uma entregue em grande escala nos primeiros meses.
Apenas entre 25% e 35% das 10 milhões ou 14 milhões de doses serão destinadas ao Brasil entre meados de fevereiro e março. O maior volume viria apenas no segundo trimestre do ano, quando entre 65% e 75% do total seria destinado.