Paulistana: mãe acusa coronel da PM de abuso sexual

Os relatos são de que o fato ocorreu na casa dos avós das crianças

Um vídeo circulou na noite de ontem (29) aonde uma mãe relatou que sua filha, uma criança de 11 anos, foi abusada sexualmente por um coronel da Polícia Militar na cidade de Paulistana-PI. 

De acordo com os relatos da mãe, a criança sempre saía da escola e se dirigia à casa dos avós, o local mais seguro e próximo da instituição de ensino enquanto a mãe trabalhava, sempre indo buscá-la ao fim do expediente.

Ainda segundo os relatos da mãe, a criança começou a contar tudo no momento em que ela foi buscar sua filha. Ela estranhou a atitude, já que a criança gostava da casa dos avós e por vezes chorava no intuito de permanecer no local. No carro, na volta para casa, os relatos vieram à tona. Hoje, de acordo com a mãe, sua filha não sai mais de casa para brincar na praça, não joga mais bola e não consegue mais ficar sozinha, sem a presença de um adulto. A mãe está sem poder ir ao trabalho pois agora se dedica inteiramente aos cuidados da filha. 

Outro lado

O pensarpiauí tentou conversar com o coronel, mas não obteve seu contato. Por outro lado, a reportagem do Portal, dialogou com a esposa dele que afirmou que as acusações são "mentirosas e descabidas". Ela também afirma que a criança realizou exames para constatar algum tipo de violência física e sexual e nada foi verificado . Durante o contato jornalistico, a ligação caiu, foi tentado a retomada do diálogo, mas não houve mais retorno. O espaço segue aberto para manifestação. 

Polícia Militar

Em nota, a Polícia Militar afirmou que está em contato com a Polícia Civil para obter mais informações se houve algum procedimento instaurado sobre o caso. A corporação também afirmou que a Corregedoria-Geral da instituição está a par do caso e tomará as medidas cabíveis para a situação. 

De maneira geral, em caso de abuso sexual, o que fazer? 

Uma pessoa que sofreu abuso sexual pode tomar várias providências legais para buscar justiça e apoio. Aqui estão os passos principais:

  1. Registrar um boletim de ocorrência: A vítima ou alguém em seu nome pode ir a uma delegacia, preferencialmente especializada (como Delegacia da Mulher ou da Criança e Adolescente, quando disponíveis), para registrar o crime. Em alguns lugares, é possível registrar o boletim online.

  2. Passar por exame de corpo de delito: Esse exame, realizado pelo Instituto Médico Legal (IML), é importante para constatar qualquer vestígio físico do abuso. Embora não seja obrigatório, pode fortalecer o caso.

  3. Medidas protetivas de urgência: Em situações de risco, a vítima pode pedir à Justiça medidas protetivas para impedir que o agressor se aproxime ou tenha contato.

  4. Buscar apoio jurídico: Consultar um advogado ou defensor público pode orientar sobre direitos e ações cabíveis, como a abertura de um processo civil para compensação por danos morais e materiais.

  5. Buscar atendimento psicológico e médico: Muitas cidades oferecem apoio psicológico e médico gratuito para vítimas de abuso. Esse suporte é importante para lidar com o trauma emocional e físico, além de prevenir problemas de saúde.

  6. Notificar autoridades competentes: Dependendo do caso, organizações de proteção à infância e direitos humanos podem ser notificadas para auxiliar no acompanhamento do processo e proteção da vítima.

  7. Acompanhamento judicial: Ao longo do processo, a vítima pode acompanhar o andamento da investigação, auxiliada pelo Ministério Público, que atua na busca por justiça.

O abuso sexual é um crime grave e os sistemas de justiça estão cada vez mais capacitados para atender e proteger vítimas, especialmente em casos de vulnerabilidade.