Partido da Imprensa Golpista (PiG), ignora furo do Fantástico

Folha, Estadão e Globo sabotam as notícias sobre os áudios com a articulação do golpe e a reunião para matar Lula, Moraes e Alckmin

Por Moisés Mendes, jornalista, em seu blog

Folha, Estadão e Globo estão sabotando as notícias sobre o vazamento de novos áudios com conversas sobre a articulação do golpe e a reunião para matar Lula, Moraes e Alckmin.

Até O Globo está ignorando um furo da própria Globo, apresentado no Fantástico, com o áudio em que o general Mario Fernandes diz ter conversado com Bolsonaro sobre o golpe.

O Globo não leva a Globo a sério e por isso esconde a notícia nos cantinhos? Não é isso. O que acontece aqui, e todos os que conhecem redações sabem que é assim que funciona, é que o Fantástico conseguiu um furo e deu o furo.

Por que deu? Porque o repórter Paulo Renato Soares é um grande jornalista. E porque, se ele tinha o áudio vazado, outros colegas de outros veículos também poderiam ter.

Ma O Globo, da própria Globo, esconde a notícia porque se faz de bobo. E a Folha e o Estadão também se acovardam porque decidiram trabalhar pela desmontagem da denúncia de Paulo Gonet.

O que só prova que redações não são monolitos nem coisas homogêneas. O jornalismo ainda prevalece, pela imposição de bons repórteres, mesmo contra comandos alinhados com o fascismo.

Partido da Imprensa Golpista

Partido da Imprensa Golpista (comumente abreviado para PIG ou PiG) é uma expressão criada pelo jornalista Paulo Henrique Amorim e usada para descrever um conjunto de veículos midiáticos que tem em comum valores conservadores e que fazem oposição ao projeto da esquerda política. 

De acordo com Paulo Henrique Amorim, seus "membros" seriam a Rede Globo e o Grupo Globo, os jornais O Estado de São Paulo e Folha de S.Paulo e a Revista Veja, que atacavam os governos trabalhistas de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

As iniciais formam a palavra anglófona "pig", porco. 

A expressão foi cunhada pelo jornalista Paulo Henrique Amorim em seu blog Conversa Afiada, mas, segundo ele, foi inspirada em um discurso do deputado petista Fernando Ferro.