A morte do Papa Francisco, na madrugada de segunda-feira (21), marca o início de um rito de despedida que culminará no sábado, com seu sepultamento após um funeral que reunirá chefes de Estado e fiéis de diversos países no Vaticano. A partir hoje, os católicos podem prestar suas homenagens ao primeiro Papa das Américas, cujo corpo ficará exposto por três dias na Basílica de São Pedro.
Após a confirmação da morte do Papa Francisco, o Vaticano deu início aos rituais de despedida e providenciou o embalsamamento do corpo, temendo os efeitos do clima úmido de Roma. O procedimento é essencial para que o velório se estenda por vários dias.
Entenda a técnica
O anatomista Nikola Tomov, da Universidade de Berna, afirmou que o Vaticano adotou a técnica moderna de embalsamamento a partir de 1914, com o objetivo de manter o corpo do Papa em bom estado para exposição pública. O primeiro pontífice a passar pelo procedimento foi Pio X, falecido naquele ano.
O método envolve a abertura das veias do pescoço ou da virilha, a retirada do sangue e a injeção de uma solução de formal, álcool, água e corantes. Essa mistura impede a ação de bactérias e retarda o processo de decomposição, segundo informações do jornal.
Conservação do corpo
O uso da técnica moderna de conservação de corpos pelo Vaticano se consolidou após um episódio em 1958, quando houve falhas na preservação do Papa Pio XII. Na época, o médico papal Riccardo Galeazzi-Lisi alegou ter utilizado um método inspirado na conservação do corpo de Jesus, baseado em um saco plástico com ervas e óleos. No entanto, a técnica acelerou a decomposição, provocando odores intensos que obrigavam os guardas a se revezarem de 15 em 15 minutos ao lado do caixão.
Desde a morte do Papa Leão XIII, em 1903, os Pontífices não têm mais os órgãos removidos — prática comum anteriormente, quando esses órgãos eram preservados como relíquias. A diretriz vigente determina que o corpo do Santo Padre permaneça intacto.
Com informações da Fórum