Os APPs são responsáveis pela ampliação explosiva do e-commerce que vem fazendo com que as grandes redes nacionais ou corporações globais de varejo (tubarões) engulam os comércios locais e regionais (sardinhas).
O processo que passei a denominar como "Plataformismo" está alterando, de forma expressiva, o Modo do Produção Capitalista, onde as Big Techs ligam a produção global (grande escala), ao consumo desejado e induzido em todos os cantos do mundo.
Diversas regiões do interior da Europa já se insurgem contra essa realidade que maltrata as economias locais vampirizando e recolhendo as rendas regionais que são capturadas pelas grandes redes e Big Techs.
Empregos do comércio local são suprimidos assim como de pequenas produções locais que não têm como concorrer com a produção em massa e de escala global.
Essas grandes redes hoje crescem sem parar. Empresas estão se transformando em grupos (holdings) e no Brasil, algumas do varejo que atuam no Brasil, já ultrapassaram a R$ 100 bilhões em termos de valor de mercado.
Do lado dos pequenos e médios comerciantes, restam lojas fechadas, desempregos ou subempregos precários e sem direitos sociais.
Sofrem ainda mais as cidades polo (como Campos dos Goytacazes, RJ) que tinham o comércio e não a produção com o setor mais forte de suas economias e empregos.
O resultado disto é também maior fragilidade da área de serviços, porque eles dependem dessas rendas locais que vão sendo extraídas para fora da região, deixando menos condições para as contratações de serviços locais.
Abaixo, apresento um levantamento sobre os aplicativos (APPs) mais utilizados em 2020, no Brasil, segundo ranking da consultoria RankMyApp, divididos em três segmentos: compras, delivery e educação. Os dados são para os celulares Android, mas não é muito diferente para os smarphones da Apple.