Um documento do Grupo de Trabalho da ONU sobre Pessoas de Descendência Africana aponta que a morte de Miguel Otávio Santana da Silva, de cinco anos, ao cair de um prédio no Recife (PE), “é um exemplo de como o racismo sistêmico cobra seu preço durante a pandemia”. A informação é do blog do jornalista Jamil Chade, no UOL.
Segundo a reportagem, “o caso brasileiro é mencionado como uma demonstração de que certas populações são vulneráveis durante a pandemia e que a situação das empregadas domésticas no país é exemplo disso”.
"No Brasil, as trabalhadoras domésticas são considerados essenciais. Escolas e creches foram fechadas, por isso Miguel acompanhou sua mãe, Mirtes Santana, ao trabalho”’ e que ‘enquanto a mãe de Miguel passeava um cão de sua patroa, a empregadora deixou Miguel em um elevador. "Sem supervisão, a criança de cinco anos de idade caiu para a morte quando o elevador parou no nono andar"’, diz o documento.
A referência sobre a morte do menino Miguel não é o único trecho em que o Brasil é mencionado no documento. Num outro capítulo, o informe alerta ser como, no país, a hidroxicloroquina "foi fornecida às populações indígenas e anunciada como curativa antes e depois de ser descoberta como sendo ineficaz contra a Covid-19".