OMS diz que há esperança de vacina até o final do ano

A declaração foi feita em reunião nesta terça (6)

Foto: R7
Diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus

Segundo o jornalista Jamil Chade, em sua coluna no UOL, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou nesta terça-feira (6) que existe esperança de que uma vacina esteja pronta até o final do ano. Sem dar detalhes, ele fez a declaração ao final da reunião de cúpula da agência, que tratou da reforma da OMS.

"Vamos precisar de vacinas e há esperança de que até o final deste ano possamos ter uma vacina. Há esperança", disse.

O consórcio internacional de vacinas trabalha com nove empresas para permitir que, a partir de 2021, 2 bilhões de doses sejam distribuídas. O projeto, porém, vive sérios problemas financeiros, já que governos insistem em fechar acordos bilaterais com empresas.

Auditoria critica OMS por ignorar realidades sociais em recomendações na pandemia

A reunião ainda serviu para que, pela primeira vez, uma auditoria interna da Organização Mundial da Saúde (OMS) questione a cúpula da entidade por ter ignorado realidades sociais ao propor o isolamento de populações e distanciamento físico em locais onde tais medidas eram consideradas como "impossível" de ser implementadas.

O questionamento foi apresentado nesta terça-feira (6) ao Conselho Executivo da agência, convocado para lidar justamente com a pandemia da covid-19. Durante o encontro, governos tomaram a palavra para defender uma reforma da OMS e exigir transparência. Mas a reunião também serviu para que as iniciativas de revisão da agência explicassem como estão trabalhando para propor uma mudança profunda no trabalho da OMS.

Um dos momentos mais esperados era a avaliação da auditoria interna da agência que, ainda em maio, preparou um levantamento sobre os primeiros meses da pandemia e a resposta global. Ainda que uma parcela dos resultados se refira apenas ao período de janeiro à abril de 2020, os auditores deixaram claro que houve também um erro na avaliação da OMS sobre como apresentar as propostas para lidar com a pandemia.

Assim, a auditoria admitiu que medidas de isolamento e distanciamento físico eram de "difícil implementação" em certos cenários sociais. O levantamento, porém, indicou que a OMS ajustou suas recomendações desde então.