Fórum - A fala do presidente Jair Bolsonaro (PL) durante um podcast, na sexta-feira (14), sobre ter “pintado um clima” com “meninas de 14 ou 15 anos” quando ele visitou uma comunidade no Distrito Federal, quando segundo ele “pediu para ir até a casa delas”, causou um estrondoso repúdio na sociedade brasileira e fez com que outros episódios de envolvimento com pedofilia de figuras ligadas ao bolsonarismo voltassem à tona.
Um dos casos mais lembrados é o do ex-vereador carioca Gabriel Monteiro, que perdeu o mandato na Câmara Municipal do Rio de Janeiro e teve seus direitos políticos cassados este ano após vazarem vídeos íntimos nos quais ele fazia sexo com uma adolescente de 15 anos.
Também foi resgatado o caso de Sérgio Paes Fernandes, um idoso de 69 anos, bolsonarista convicto, preso sob acusação de tentar estuprar um menino de 10 anos no vestiário do clube do Flamengo, na Gávea, Zonal Sul da capital fluminense, em 2021.
A prisão do coronel da reserva da PM do Rio de Janeiro Pedro Chavarry Duarte, de 68 anos, que se apresentava como muito religioso, mas que foi preso em 2016 acusado de estuprar menores é mais uma das histórias de bolsonaristas a quem foram imputados crimes do tipo.
José Renato da Silva, que era vice-presidente estadual do PL em São Paulo e ex-vereador de Suzano, é outro bolsonarista que foi indiciado pela Polícia Civil por supostamente abusar sexualmente das netas quando elas tinham 6 e 7 anos de idade até a adolescência.
O maranhense Syllas Souza Silva, de 33 anos, que morava em Brasília, é mais um bolsonarista que se apresentava nas redes sociais como evangélico e conservador. Ele foi preso em junho de 2020, no Distrito Federal, sob a acusação de ter estuprado várias crianças e adolescentes entre 11 e 14 anos.
Caso também relembrado nas redes foi o do pastor bolsonarista André Vitor, que foi acusado de passar a mão numa menina que aparece num vídeo gravado durante uma festa na mansão do cantor Wesley Safadão. Ele era próximo da família do artista havia muitos anos, chegando a gravar vídeos, em 2018, pedindo votos para Bolsonaro e se reunindo, no ano seguinte, com a então Ministra da Mulher e dos Direitos Humanos Damares Alves.
Por fim, foi recuperado na memória a condenação de Fred Pontes, hoje com 43 anos, um bolsonarista ferrenho que era presidente da Associação Nacional de Conservadores (Acons), sentenciado em 2019 a seis anos de reclusão por ter abusado sexualmente de uma menor que tinha 10 anos à época do crime, ocorrido no ano de 2009.