Novo round Macron x Bolsonaro: não mais Amazônia, agora, coronavírus

Enquanto França anuncia isenção de impostos, Governo Bolsonaro fala em autorizar redução de salários

Foto: Gazeta do Povo
Uma nova comparação entre os 2 presidentes se faz necessária


Para brasileiro ver e sentir. Bem que poderia ser somente para quem ajudou a eleger um governo tão pouco preocupado com os mais pobres. Enquanto o governo francês anunciou a suspensão da cobrança de impostos, em decorrência da pandemia do Coronavírus, o governo brasileiro anuncia autorização para redução de salários dos trabalhadores.

Na França, além da suspensão da cobrança de impostos, contas de água, gás e aluguel também serão liberadas.
O presidente francês de centro-direita, Emmanuel Macron, chamou o cenário de “crise sanitária sem precedentes“, e fez a previsão de que o mundo sofrerá com impactos, não apenas humanos, mas sociais e econômicos. “É o desafio que temos que enfrentar. Pedimos sacrifícios. Nunca os sacrifícios devem pesar aos mais fracos, assalariados, com trabalhos precários.”

Macron ainda anunciou a criação de um fundo estatal para minimizar os impactos da pandemia. “Estamos colocando em ação dispositivo excepcional de adiamento de impostos, apoio a financiamentos e garantindo 300 bilhões de euros para pequenas empresas. As pequenas empresas não precisaram pagar impostos. Contas de água, gás e alugueis devem ser suspensos para que assalariados não fiquem sem recursos necessários. Um fundo de solidariedade vai ser criado com financiamento do Estado.”

O governo Jair Bolsonaro, na contramão do mundo, vai permitir que empresas cortem pela metade jornada e salários de trabalhadores em meio ao avanço da crise do coronavírus. Segundo o jornal Folha de São Paulo, a proposta de Medida Provisória deve ser encaminhada ao Congresso ainda nesta semana.

A justificativa do Ministério da Economia é que a medida, que demanda negociação individual, preservará empregos. “É preciso oferecer instrumentos para empresas e empregados superem esse período de turbulência. O interesse de ambos é preservação de emprego e renda”, afirmou o secretário de Trabalho, Bruno Dalcolmo.

“Não é algo simples, mas a ideia é preservar o emprego. Muito mais grave, diante de uma crise dessa, é a pessoa perder o emprego e sobreviver sem salário”, complementa o secretário, numa demonstração clara de assédio moral e total falta de solidariedade aos que mais precisam .