O Governo do Piauí anunciou a vacinação contra a Covid-19 de grávidas e puérperas a partir de 18 anos sem comorbidades. A Prefeitura Municipal de Teresina abriu o agendamento na noite da última sexta-feira, 09, que finalizou em menos de uma hora. A decisão foi tomada após divulgação de nota técnica pelo Ministério da Saúde.
A vacinação está condicionada a uma avaliação individualizada, compartilhada entre a gestante e seu médico, do perfil de risco-benefício, com apresentação da prescrição médica na hora da aplicação da vacina. "Nesse momento, o benefício da vacinação neste grupo é superior aos possíveis riscos em decorrência da vacina", afirma o secretário de Saúde, Florentino Neto.
Sete gestantes foram vítimas fatais da Covid-19 em 2020 no Piauí. Em 2021, no entanto, a mortalidade entre o grupo chegou a 34%. Somente nos seis primeiros meses de 2021, foram registrados 68 casos de mulheres gravidas infectadas no Piauí e 16 não resistiram, o que representa uma média de 1 morte a cada 4 mulheres grávidas infectadas, um percentual considerado elevadíssimo.
Segundo o vacinômetro da Secretaria Estadual de Saúde, 4.587 já tomaram a primeira dose da vacina contra a Covid-19 e 1.055 estão imunizadas (tomaram as duas doses) até o último sábado (10). A orientação do Programa Nacional de Imunizações (PNI) é para vacinar mulheres grávidas e puérperas com as vacinas Coronavac e com o imunizante da Pfizer. Além disso, a Sesapi sempre garantiu a reserva da segunda dose. “Todas as nossas gestantes tenham a segurança que o estado do Piauí utilizará a vacina do mesmo laboratório, tanto na dose um como na dose dois, isso faz parte da garantia que a Sesapi teve em se preocupar em guardar as doses de reforço”, lembra o superintende de Atenção Primária à Saúde e Municípios da Sesapi, Herlon Guimarães.
A Sesapi estuda liberar a vacinação contra a covid-19 para mulheres lactantes. O secretário Florentino Neto e equipes do governo do estado estiveram reunidos durante a semana com grupo de mulheres que amamenta e reivindica a imunização. Em alguns estados, as lactantes, sem comorbidades, estão sendo imunizadas, cujas crianças tenham entre 1 e 2 anos de idade.