Eu vi o céu à meia-noite
Se avermelhando num clarão
Como incêndio anunciado
No apocalipse de São João
Porém não era nada disso
Nem Curisco, nem Lampião (com licença da alteração poética)
Braúlio Tavares
O sertão nordestino pegando estados como Ceará, Pernambuco, Paraíba e Bahia foi palco na noite da quarta-feira (15) de um fenômeno da natureza que os cientistas classificam como bólido - mais popularmente um meteoro ou estrela cadente com alta intensidade de brilho e energia. São detritos que acabam entrando na atmosfera, atingem um brilho alto e dependendo da constituição do material resistem mais tempo nessa penetração e geram um brilho grande.
Um perímetro delimitado pelas cidades de Juazeiro do Norte (CE), Araripina (PE), Curaça (BA), Afogados da Ingazeira (PB) e Arcoverde (PE) foi o palco de manifestação deste fenômeno. A agência Clima ao Vivo registrou imagens do meteoro passando por essas cidades. Mas, muitas outras do Nordeste testemunharam a luz que, por instantes, transformou à noite em dia.
E com sua riqueza cultural a região não deixaria passar de graça um fenômeno assim:
Do céu desceu uma luz
Que alumiou pelo chão
Um aparelho de fogo
Com a zoada de trovão
Rompendo a atmosfera
Parecia a bestafera
Repreendendo o sertão
O raio veio alertar
Chamando atenção da gente
Pra parar com esse ruído
E tocar mais o repente
Trazendo alegria e paz
Assim o amor se faz
E que o mundo se oriente
Vagner Ribeiro