A campanha eleitoral de 2018 já está nas ruas. É fato. E se comprova com a disputa política de vereadores e deputados piauienses pela concessão de títulos de cidadania a nomes como Dória e Flavio Dino nas últimas semanas.
Dória é tucano, mesmo partido do prefeito de Teresina, Firmino Filho, e citado como possível candidato à presidência da República em 2018. Empresário e jornalista, atualmente exerce mandato de prefeito de São Paulo e tem percorrido o Pais numa verdadeira campanha antecipada, mesmo recebendo ovadas como aconteceu recentemente em Salvador (BA). Em Teresina, a proposta de concessão de título de cidadão teresinense ao prefeito paulista foi apresentada pelo vereador Luís André (PSL) e rejeitada na semana passada, mas deve ser reapresentada.
Flavio Dino é comunista e governador do vizinho estado do Maranhão. Juiz federal, foi advogado do Sindicato dos Bancários do Piauí na gestão de Wellington Dias, secretário do Conselho Nacional de Justiça e presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil. O título de cidadania piauiense foi proposto pelo presidente da Assembleia Legislativa do Piauí, deputado estadual Themístocles Sampaio (PMDB) e aprovado nesta terça-feira, 22, por unanimidade.
No mês passado, o governador do Piauí, Wellington Dias, foi condecorado com a Medalha do Mérito Legislativo Manuel Beckman, a maior honraria do Poder Legislativo do Maranhão. A honraria foi proposta pelo deputado estadual Othelino Neto (PCdoB) e também teve aprovação, por unanimidade, pelo plenário Assembleia Legislativa do Maranhão.
Como observa o portal Cidade Verde.com, com o Piauí, Flávio Dino tem mantido relação de parceria, sendo aliado do governador Wellington Dias (PT) na solução de problemas que envolvam os dois estados, como na repactuação da saúde - que envolve o atendimento de pacientes maranhenses em hospitais do Piauí. E Dória? O paulista, que intensificou a agenda pela região Nordeste no momento em que o ex-presidente Lula (PT) inicia caravana na região, pretendia incluir em suas andanças a capital piauiense, há 20 anos administrada por tucanos. Se aprovado, podemos sim falar em campanha extemporânea.