Mulher sofre violência doméstica, vai à delegacia denunciar e é estuprada por policial

Vítima buscou unidade para denunciar o ex-companheiro por agressão e acabou sendo violentada

Foto: Reprodução
vítima de um estupro

Uma mulher denunciou ter sido estuprada por um policial dentro de uma delegacia em Copacabana, no Rio de Janeiro. O crime teria acontecido dentro da 12ª DP após a vítima ir ao local denunciar ter sofrido violência doméstica por parte do seu ex-companheiro.

De acordo com a vítima, que tem 25 anos e não teve sua identidade revelada, ela foi até o local depois de ter sido agredida pelo ex-companheiro. Os vizinhos chamaram policiais militares para ajudar na situação, que encaminharam os dois para a delegacia de Copacabana.

Na delegacia, seu  ex-companheiro foi levado para uma cela e ela começou a ser assediada por um investigador. “Ele começou a dizer frases como: ‘Nem parece que você é mãe’, ‘Qual a sua idade?’. Estranhei as perguntas, mas achei que podia fazer parte de algum questionário”, disse.

A vítima relatou que foi chamada a acompanhar o agente a uma sala, que ela descobriu ser uma espécie de quarto em que foi trancada. O investigador fez uma proposta para ter a relação sexual e ameaçou o ex-companheiro da mulher com torturas. Ele também teria usado de força e mais violência psicológica ao exibir sua arma até que conseguiu cometer o ato sexual. 

No dia seguinte ao crime, a vítima procurou uma Delegacia de Atendimento à Mulher e fez o registro de ocorrência. Ela foi encaminhada para exame de corpo de delito, que apontou que ela sofreu violência por ação contundente e solicitou mais exames para atestar o abuso sexual. Com o laudo, a Deam pediu a prisão preventiva do investigador. No entanto, o Tribunal de Justiça negou.

Após a denúncia, a Polícia Civil afastou o agente e abriu dois inquéritos – um na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro do Rio e outro na Corregedoria-Geral da instituição – para apurar a conduta dele no caso.

Em nota, a Polícia Civil disse que "o caso está sendo investigado pela Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) do Centro do Rio, que ouviu os envolvidos e testemunhas, e realizou outras diligências". 

A Corregedoria-Geral da Polícia Civil (CGPOL) instaurou sindicância e afastou imediatamente o servidor. 

Já o Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio (SindPol) é responsável pela defesa do agente e disse em nota que: "o policial tem 24 anos de carreira, sem quaisquer anotações em sua ficha funcional e que a investigação comprovará que ele não cometeu os atos que lhe são imputados e que tem direito à presunção de inocência já que nada restou provado em seu desfavor".

Com informações do Site atarde