Mulher morre após ser espancada pelo marido no Piauí

O suspeito entrou em contato com um familiar e minimizou as agressões

Lidiane dos Santos Silva, uma empregada doméstica de 40 anos, morreu na manhã de segunda-feira (23) após ser agredida no riacho Siriema, na zona rural de Lagoa do Piauí, a 40 km de Teresina. Ela teria se desentendido com o marido, que é suspeito do crime e está foragido. O casal, é do povoado Baixa Grande, em Monsenhor Gil, estava no local com amigos e familiares.  

Após as agressões, Lidiane foi socorrida por familiares e levada para a Unidade Mista Dr. Helvídio Nunes de Barros, em Monsenhor Gil, e depois transferida para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT), onde passou por exames. Embora tenha recebido alta à meia-noite, na manhã seguinte, começou a passar mal, apresentando dores abdominais e dificuldade para respirar. Ela foi levada para a UPA do Promorar, onde sofreu uma parada cardiorrespiratória.

Lucas da Silva, sobrinho de Lidiane, relatou que ela foi atendida no HUT consciente e em pé, mas a situação piorou rapidamente após a alta. Na UPA, a equipe médica encontrou sua pressão arterial baixa e, apesar de um raio-X não mostrar fraturas, segundo a família, Lidiane não recebeu o atendimento adequado.

A família expressou sua preocupação com possíveis falhas no atendimento médico, acreditando que a liberação de Lidiane sem a devida observação pode ter contribuído para sua morte. Eles aguardam o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para determinar a causa do falecimento.

Além disso, a família registrou um boletim de ocorrência, relatando um histórico de violência no relacionamento entre Lidiane e o marido. O suspeito entrou em contato com um familiar e minimizou as agressões.

As autoridades locais devem investigar o caso, e tanto o HUT quanto a Fundação Municipal de Saúde manifestaram interesse em esclarecer os acontecimentos.