meionorte - O cirurgião plástico Carlos Tajra se manifestou nas redes sociais sobre a morte da paciente Benedita Mesquita, 38 anos, que morreu após a realização de uma cirurgia de lipoaspiração em Teresina, no último dia 9 de setembro.
Nas redes sociais, a filha de Benedita, Brysa Silva, acusa o médico de ter feito o procedimento de enxertia (aplicação de gordura no glúteo) sem autorização. Ainda de acordo com o relato de Brysa, um dia após o procedimento, Benedita começou a sentir dores na região do glúteo, que evoluiu ao ponto da paciente sequer conseguir sentar. "Perdi minha mãe por um erro médico", diz a filha em vídeo emocionada.
De acordo com a nota emitida pelo cirurgião Carlos Tajra, após a cirurgia de lipoaspiração e enxertia na região do glúteo, a paciente adquiriu uma bactéria (Escherichia coli), com perfil não hospitalar e que evoluiu de forma grave com sepse generalizada.
O médico relata ainda que a paciente o procurou em julho de 2021 para agendar a cirurgia. “Desde o período pós-operatório e internação em UTI, a paciente teve toda a assistência necessária, com todo o aparato mais moderno disponível, bem como acompanhamento diário realizado por mim e pela equipe médica do hospital onde estava internada. Mesmo assim, infelizmente, evoluiu para óbito”, disse o médico em nota.
Veja a nota na íntegra:
Primeiramente, gostaria de manifestar o meu mais profundo e sincero pesar pelo falecimento da senhora Benedita Mesquita. Solidarizo-me com a família neste momento de dor.
É importante esclarecer que a paciente me procurou, em julho de 2021, pela confiança em mim depositada, em virtude de outros procedimentos cirúrgicos estéticos executados anteriormente. Na consulta, em comum acordo, acertamos a realização de lipoescultura de corpo inteiro, além de enxertia de gordura em região sacra e glúteo superior para refinamento de cirurgia prévia.
Em setembro de 2021, procedemos com a cirurgia, contudo, a paciente adquiriu uma bactéria (Escherichia coli), com perfil não hospitalar, e que, infelizmente, evoluiu de forma grave com sepse generalizada.
Desde o período pós-operatório e internação em UTI, a paciente teve toda a assistência necessária, com todo o aparato mais moderno disponível, bem como acompanhamento diário realizado por mim e pela equipe médica do hospital onde estava internada. Mesmo assim, infelizmente, evoluiu para óbito.
Mais uma vez, lamento a perda e adianto que estou à disposição da família para qualquer assistência que seja necessária, bem como para demais esclarecimentos.
Carlos Eduardo Feitosa Tajra
CRM 3820/PI