O governo federal propôs mudanças no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para aumentar a arrecadação e compensar um déficit estimado em R$ 20 bilhões em 2025 e R$ 40 bilhões em 2026, buscando cumprir a meta fiscal. A proposta enfrenta resistência do mercado financeiro e do Congresso, que frequentemente usa medidas do Executivo como instrumento de pressão política.
O IOF incide sobre operações como cartão de crédito, câmbio e empréstimos. O governo, sem espaço para novos cortes em áreas sociais, apostou no IOF para reforçar receitas, mas recuou e vai apresentar nova proposta. Há discussões sobre revisão de subsídios, congelamento de fundos como o Fundeb e o corte de supersalários no funcionalismo, temas politicamente sensíveis.
Na política monetária, Gabriel Galípolo sucedeu Roberto Campos Neto na presidência do Banco Central, indicado por Fernando Haddad e apoiado por Lula, apesar de manter uma política conservadora, com altas taxas de juros. Lula declarou confiança total em Galípolo, o que surpreendeu parte da base governista, crítica à independência do BC e ao seu alinhamento com interesses do mercado financeiro.
Galípolo também defende ampliar a autonomia financeira do BC, gerando preocupação sobre um possível afastamento do controle estatal.
Por fim, o governo recriou a Secretaria de Economia Criativa, fortalecendo políticas para setores como cultura, moda e design, que já representam até 5% do PIB, e são vistos como estratégicos para o desenvolvimento sustentável e a geração de emprego e renda.
Estes foram os temas abordados na edição de hoje do programa PensarEconomia, apresentado pelo jornalista Oscar de Barros com as participações dos economistas Acilino Madeira e Sebastião Carlos. Veja a íntegra do programa: