MPT abre apuração contra Michelle e pastor bolsonarista por assédio no Alvorada

A investigação preliminar foi feita com base numa reportagem da coluna de Rodrigo Rangel, do Metrópoles.

Foto: Reprodução
Michelle Bolsonaro

 

Nesta semana, o Ministério Público do Trabalho (MPT) no Distrito Federal abriu uma apuração sobre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o pastor Francisco de Assis Castelo Branco, “síndico” do Palácio da Alvorada no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A investigação preliminar foi feita com base numa reportagem da coluna de Rodrigo Rangel, do Metrópoles, em que eram destacados os relatos de funcionários da Presidência denunciando assédio moral na residência oficial. O MPT agora pode ouvir testemunhas, vítimas e acusados.

De acordo com a reportagem, a esposa do ex-chefe do Executivo destratava os servidores da Presidência escalados para auxiliá-la. Já o pastor bolsonarista assediava os funcionários e fazia ameaças frequentes de demissão ao grupo.

Servidores relataram também que quem questionasse as ordens de Castelo Branco era ameaçado e poderia ficar sem o lanche. Aliados do ex-presidente ressaltaram que o pastor dizia agir a mando da ex-primeira-dama.

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Pastor Francisco de Assis Castelo Branco

 

“Ele assediava as pessoas e ameaçava de demissão o tempo todo. E dizia que a primeira-dama tinha conhecimento de tudo e autorizava essa postura”, ressaltou um dos funcionários.

Um militar que lidava com frequência com o pastor diz que ele era “extremamente abusivo” com os subordinados e usava sua proximidade com o clã para “intimidar e amedrontar” todos que trabalhavam no local.


Em 2022, o pastor convocou uma reunião com empregados de uma empreiteira contratada pelo governo para cuidar da jardinagem do Alvorada e chamou atenção deles por se queixarem de ter que limpar um banheiro de serviço. Na ocasião, ele ameaçou cortar o lanche que foi oferecido diariamente ao grupo.


 

Com informações do DCM