A escritora e crítica literária Heloisa Teixeira (85) faleceu nesta sexta-feira (28), no Rio de Janeiro. Imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL), ela estava internada na Casa de Saúde São Vicente, na Gávea, devido a complicações de uma pneumonia dupla e insuficiência respiratória aguda.
Conhecida como Heloisa Buarque de Hollanda, a escritora decidiu, em 2023, abandonar o sobrenome de seu primeiro marido, o advogado e galerista Lula Buarque de Hollanda, e passou a adotar exclusivamente o nome de sua mãe.
Heloisa foi uma das maiores intelectuais brasileiras, com uma vasta produção literária como autora e organizadora de diversos livros. Natural de Ribeirão Preto (SP), formou-se em letras clássicas pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) em 1961 e foi reconhecida como uma das principais pensadoras do feminismo no Brasil.
Em 2024, Heloisa foi diagnosticada com câncer de pâncreas, mas continuou ativamente envolvida na ABL, além de idealizar projetos como o "Machado Quebradeiro", um curso de formação de escritores periféricos, e coordenar o ciclo de conferências "Machado de Assis e a questão racial".