A modelo Shara Fornalevicz Soares, de 23 anos, presa após derrubar parte da cerca de proteção do Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, resolveu se pronunciar pela primeira vez sobre o incidente. Em entrevista à coluna Fábia Oliveira, no Metrópoles, ela detalhou o ocorrido e lamentou ser alvo de ataques e difamação nas redes sociais.
O episódio aconteceu no sábado, 8 de fevereiro, quando, de acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Shara estava embriagada e sem habilitação no momento da colisão. A polícia informou que, após reagir com arrogância e ironia à abordagem, a modelo precisou ser algemada e levada à delegacia, chegando a xingar os policiais.
Em sua versão, divulgada nesta quinta-feira, 13 de fevereiro, Shara negou as acusações e defendeu sua postura. Ela afirmou ser alvo de comentários maldosos e inverídicos nas redes sociais e garantiu que a fiança foi paga com seu próprio dinheiro, obtido por meio de seu trabalho, sem envolvimento de políticos ou recursos públicos.
"Quero deixar claro que a fiança foi paga integralmente pela minha mãe, utilizando o meu próprio dinheiro, fruto do meu trabalho", explicou a modelo.
Acompanhante de luxo
Shara também comentou sobre sua profissão, que foi alvo de críticas nas redes sociais. Ela revelou ser acompanhante de luxo e destacou que sempre conduziu sua carreira com discrição, profissionalismo e transparência. "Sou acompanhante de alto luxo e sempre conduzi meu trabalho com seriedade. Não sou acessível a qualquer um, pois meu trabalho é destinado a pessoas exigentes. Eu escolho meus clientes, e esse é um poder que sempre exerci", disse.
A modelo reforçou que sua profissão lhe proporcionou estabilidade financeira, permitindo-lhe pagar a fiança sem depender de terceiros. "Foi através do meu trabalho que consegui estabilidade financeira e paguei a fiança sem depender de ninguém além da minha família", afirmou.
Acusações infundadas
Shara também refutou as alegações de que a fiança teria sido paga com dinheiro público ou que ela teria recebido ajuda de políticos de Brasília. "Os comentários mais prejudiciais foram as acusações de que um assessor parlamentar teria levado o valor da fiança até a delegacia. Quero deixar claro que isso não aconteceu. O pagamento foi feito pela minha mãe, com o meu próprio dinheiro, fruto do meu trabalho", garantiu.
A modelo lamentou a propagação de informações falsas a seu respeito. "As pessoas estão espalhando mentiras, e isso está me causando danos. Algumas pessoas chegaram a atacar um deputado com quem trabalhei de maneira lícita em seu gabinete no passado, o que é completamente injusto, pois ele não tem qualquer relação com esse caso", afirmou.
Barraco na delegacia
Sobre o suposto "barraco" na delegacia, mencionado pela PM, Shara afirmou que pode ter se exaltado, mas alegou ter sido tratada de maneira "desrespeitosa" pelos policiais. "Fui tratada de maneira desrespeitosa e com excessiva truculência. A todo momento, a polícia queria saber quem estava dirigindo o veículo", relatou.
Ela acrescentou que foi colocada no porta-malas da viatura de forma agressiva e que, em meio à pressão, agiu de forma impulsiva. "Foi uma situação intensa, e, como qualquer ser humano sob forte pressão, acabei agindo no calor do momento. No entanto, em nenhum momento ultrapassei os limites da conduta adequada. Minha atitude não foi enquadrada em qualquer crime de desacato, desobediência ou resistência", concluiu Shara.
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