Miriam Leitão: "mudança na Petrobrás foi 'estupro' e mercado está perplexo"

A jornalista ouviu agentes do sistema financeiro que assim afirmaram a ela

Foto: UOL
Miriam Leitão

 

A mudança feita por Jair Bolsonaro na Petrobrás teria deixado o mercado perplexo e significado um "estupro" na governança da estatal, segundo agentes do sistema financeiro ouvidos pela colunista Miriam Leitão. Fato é que o golpe de 2016, que teve como principal objetivo transferir a renda do petróleo da sociedade brasileira para os acionistas privados da companhia, pode estar sendo derrotado com a demissão do entreguista Roberto Castello Branco, que será substituído pelo general Joaquim Luna e Silva.

"A Petrobras perdeu quase R$ 30 bilhões de valor de mercado hoje e sofrerá outro tombo bilionário na segunda-feira porque no after market a ação está caindo mais 10%. O que aconteceu foi definido por um integrante do mercado como um 'estupro na governança' da Petrobras", escreveu Miriam Leitão, que apoiou o golpe de 2016. Um golpe movido a petróleo e que teve como pretexto a farsa das "pedaladas fiscais". Dilma foi derrubado para que petroleiras internacionais e os acionistas privados se apropriassem da renda do pré-sal – recursos que, com Dilma no poder, seriam investidos em saúde e educação. Por vias tortas, este golpe pode estar sendo derrotado.