A casa onde um menino de 11 anos foi encontrado preso dentro de um barril, na periferia de Campinas (SP), tinha “fartura” de comida. O laudo da perícia feita pelo Instituto de Criminalística descreveu o local como adequado para o desenvolvimento de uma criança.
Segundo informações do UOL, a perícia foi realizada em 30 de janeiro, mesma data em que o caso foi descoberto pela Polícia Militar. O documento relata que a casa em si era espaçosa, apesar de simples.
A residência tinha sala, cozinha, banheiro, dois quartos e garagem. Ventiladores foram encontrados espalhados em todos os cômodos. Um dos quartos tinha uma beliche e colchões. Na sala, brinquedos, uma TV, um videogame, roupas infantis menores que a do menino e pacotes de fralda.
Em relação à cozinha, peritos encontraram uma cafeteira de cápsulas, batedeiras, micro-ondas, fogão e panelas. Os armários e a geladeira estavam com grande quantidade de alimentos.
Apesar da fartura da casa, a criança era mantida dentro de um “cubículo” de tijolos, fechado por cima por uma telha ondulada de fibrocimento e uma pedra de mármore, para evitar que ele escapasse do local.
De acordo com a polícia, o garoto era mantido em situações similares há pelo menos sete anos, quando foi adotado pela família. A mãe biológica, supostamente uma usuária de drogas, afirmava que o homem era o pai biológico do garoto, mas um teste constatou que não era verdade.
A família do garoto foi indiciada por tortura —mãe e filha por omissão, com pena que pode variar de dois a oito anos de prisão. Os três estão à disposição da justiça.
Com informações da Fórum