Manifestantes ocupam sede do Itaú em SP e exigem taxação dos super-ricos

A escolha do Itaú como alvo do protesto foi intencional

Na manhã desta quinta-feira (3), cerca de 300 manifestantes ocuparam a sede do banco Itaú, localizada na Avenida Faria Lima, coração do mercado financeiro da capital paulista. A ação foi organizada pela Frente Povo Sem Medo (FPSM), com apoio do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), e teve como foco a exigência de justiça tributária e a taxação dos super-ricos no Brasil.

Carregando faixas com frases como “O povo não vai pagar a conta”, “Chega de mamata” e “Taxação dos super-ricos já!”, os ativistas denunciaram o que consideram uma profunda desigualdade no sistema de arrecadação brasileiro. Em nota oficial, os organizadores declararam que o objetivo da intervenção é “incluir os milionários no Imposto de Renda e o povo no orçamento”.

A escolha do Itaú como alvo do protesto foi intencional. “Não se trata apenas de um ato simbólico. É uma denúncia clara: os donos do Itaú, que compraram esse prédio por R$ 1,5 bilhão, pagam menos imposto do que a maioria esmagadora da população brasileira, que luta diariamente para pagar aluguel e garantir comida na mesa”, afirmou a FPSM.

A manifestação também foi um recado ao Congresso Nacional, que atualmente discute a reforma tributária. “Já passou da hora de taxar os super-ricos e isentar quem ganha até R$ 5 mil. O povo vai cobrar nas ruas”, disse a Frente.

Vídeos do protesto circularam nas redes sociais, mostrando os manifestantes entoando palavras de ordem e exibindo cartazes com frases como “É hora do milionário pagar imposto” e “O povo não vai pagar a conta”. A ocupação, segundo os organizadores, foi pacífica e teve como objetivo escancarar o contraste entre o luxo da Faria Lima e a ausência de políticas públicas que promovam equidade fiscal e inclusão social.

Uma nova manifestação está marcada para o próximo dia 10 de julho, na Avenida Paulista. Segundo os líderes da FPSM, o ato será voltado contra “esse Congresso inimigo do povo”.