O futuro ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias (PT-PI), disse nesta segunda-feira (26/12) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem “grande carinho, respeito e reconhecimento” em relação à senadora Simone Tebet (MDB-MS) e que a considera “uma líder especial dentro do MDB”. Dias foi indicado, na semana passada, para a pasta que era cobiçada pela emedebista.
“O presidente já demonstrou ter grande carinho, respeito e reconhecimento em relação à senadora Simone Tebet como uma líder especial dentro do MDB, mas como ele já havia dito, tratando sempre com os partidos e junto com esse diálogo que ele toma a decisão”, disse Dias ao chegar na sede do gabinete de transição, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) de Brasília.
Para defender a negociação via partidos, Dias citou como exemplo o caso do vice-presidente Geraldo Alckmin. “Em relação ao vice-presidente Geraldo Alckmin, por exemplo, é vice-presidente da República, importantíssimo, mas as decisões foram tomadas dialogando com o PSB, que é o seu partido. Então, o objetivo é dialogar e a partir do entendimento, lado a lado, tomar decisões”, assinalou.
Ao ser questionado se corre-se o risco de Tebet ficar fora do ministério de Lula, Wellington Dias respondeu: “A decisão é do presidente da República, dialogando com a senadora Simone, dialogando com o MDB”.
Após ficar em terceiro lugar no primeiro turno da disputa presidencial, Tebet teve papel preponderante no segundo turno ao apoiar Lula. Após ter negado a pasta responsável pelo Bolsa Família e outros programas sociais, que ficaram com o PT, o presidente eleito oferece a Tebet ser ministra das Cidades ou do Planejamento.
Outra opção oferecida para a emedebista foi o Ministério do Meio Ambiente. Contudo, Tebet condicionou aceitar o convite à decisão de Marina Silva, que já sinalizou querer chefiar a pasta.
Lula retorna a Brasília nesta segunda para consolidar a nomeação dos ministérios do próximo governo. O petista tem reuniões agendadas com lideranças políticas do MDB, como Simone Tebet, do União Brasil e do PSD, para desatar nós na estrutura ministerial do próximo governo.
Com informações do Metrópoles